Metaverso combina tecnologias como a realidade virtual (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 4 de janeiro de 2024 às 16h53.
Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 16h54.
O metaverso foi uma das maiores tendências de 2022, gerando muita especulação e discussões sobre seu futuro. Já no ano seguinte, ele perdeu espaço para outras tendências no mundo da tecnologia, em especial a inteligência artificial. Entretanto, ele ainda deverá crescer nos próximos anos.
É o que aponta um relatório da consultoria PwC, que estima que o metaverso e suas diferentes aplicações deverão gerar uma receita anual de US$ 800 bilhões (R$ 4 trilhões, na cotação atual) até 2030, com uma taxa de crescimento anual composta de 40%.
Segundo a consultoria, os setores de telecomunicações, serviços financeiros e varejo e consumo deverão ser os maiores utilizadores do metaverso. A PwC estima ainda que as oportunidades em torno desse mercado poderão atingir um valor de US$ 13 trilhões.
O relatório da consultoria aponta ainda que o setor de serviços financeiros "se destaca por estabelecer relacionamento mais próximo com os consumidores, promovendo engajamento de ponta. Ao mesmo tempo, diferentes players estudam como desenvolver produtos e soluções disruptivas em serviços financeiros, de forma a construir uma ponte entre os meios descentralizados e os tradicionais".
A previsão é que os mercados de telecomunicações e serviços financeiros vão corresponder, cada um, a 30% de todas as receitas envolvendo o metaverso até 2030, seguidos pelo de varejo e consumo, com 25%, e outros segmentos, com 15%.
Apesar de ter avançado pouco nos últimos anos, a PwC projeta que essa tecnologia terá um "impulsionador": "Os avanços tecnológicos, a exemplo o 5G e inovações em óculos de realidade virtual, somados a mudanças no comportamento dos consumidores, que têm estado mais familiarizados e curiosos sobre esse tipo de ambiente virtual".
"Nesse contexto, empresas já começaram a experimentar soluções em metaverso e têm adquirido expertise e vantagens competitivas. Na segunda fase, as organizações passam a criar plataformas, produtos e serviços digitais, tecnologia e infraestrutura em metaversos, além de ofertas exclusivas para esse ambiente", explica o relatório.
No caso do setor de serviços financeiros, a tecnologia deverá ser aplicada em promoções de onboarding e treinamentos (38%), criação de comunidades (38%), criação de conteúdo virtual (37%), relação com clientes (35%) e entretenimento (34).
Já na área de telecomunicações, os usos envolverão a criação de conteúdo virtual (38%), novas formas de recrutar talentos (37%), entretenimento (37%), onboardings e treinamentos (36%) e interações entre colegas de trabalho (35%).
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