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Ray Dalio: bilionário defende investimento em bitcoin e ouro (World Economic Forum / Boris Baldinger/Divulgação)
Editor do Future of Money
Publicado em 29 de julho de 2025 às 11h59.
O bilionário Ray Dalio afirmou no último domingo, 27, que todos os investidores deveriam alocar ao menos 15% dos seus portfólios em bitcoin e ouro. Considerado um dos maiores nomes da história de Wall Street, o fundador da Bridgewater Associates disse que os ativos são uma proteção contra riscos macroeconômicos.
Dalio disse que está preocupado atualmente com o crescimento descontrolado da dívida pública de diversos países, incluindo os Estados Unidos. Ele avalia que, no momento, esse risco ainda não foi devidamente precificado pelo mercado, mas que isso ocorrerá em algum momento.
Quando isso ocorrer, o bilionário espera uma forte queda nos mercados. Ele destacou o novo governo Trump não fez os cortes esperados nos gastos públicos, o que tende a piorar o quadro atual. "Eles acumularam dívidas que são seis vezes maiores que a arrecadação".
O investidor não descarta que o governo decida pagar parte da dívida a partir de um afrouxamento monetário do Federal Reserve com políticas expansionistas, na prática "imprimindo mais dinheiro". Mas Dalio acredita que isso geraria uma forte queda nos mercados.
Considerando esse cenário, o bilionário recomenda que os investidores aloquem mais capital no ouro e no bitcoin. Ele vê os dois ativos como proteção contra moedas fiduciárias e títulos do tesouro, que tendem a ser os mais afetados por crises de dívida pública.
Dalio afirmou que "prefere muito mais" o ouro que o bitcoin, já que ainda não vê a criptomoeda sendo adotada por bancos centrais como uma reserva "já que todo mundo pode saber e ver quem está fazendo transações com isso. Não tem nenhuma privacidade".
Ele disse ainda que há dúvidas sobre a inviolabilidade do código por trás do bitcoin. Caso ele fosse quebrado, seria possível alterá-lo, o que o tornaria uma reserva de valor "menos eficiente". Mesmo assim, Dalio ressaltou que investe na criptomoeda há alguns anos.
"Eu tenho ouro e tenho um pouco de bitcoin, mas não muito" explicou. Em 2021, Dalio revelou que já investia na criptomoeda, apesar de defender que o bitcoin não deve ser um "dinheiro efetivo" ou uma "reserva de valor eficiente". Mesmo assim, ele segue investindo no ativo.
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