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R$ 1 tri em títulos negociados na B3 podem migrar para blockchain após Drex, apontam especialistas

Plataforma da B3 já negociou R$ 1 trilhão em títulos públicos federais, que devem ser tokenizados após o lançamento do Drex pelo Banco Central do Brasil

 (Reprodução/Reprodução)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 10h39.

A nova plataforma de negociação de renda fixa da B3, o Trademate, já ultrapassou o volume de R$ 1 trilhão em títulos públicos federais no mercado secundário desde seu lançamento, em 31 de julho de 2023.

Especialistas vem apontando que todo este volume de negociação pode migrar para tokens RWA, dentro do Drex, assim que o Banco Central do Brasil lançar a moeda digital nacional, prevista para o final de 2024.

Inclusive os testes do Drex envolvem a tokenização de títulos públicos federais usando o Hyperledger Besu, blockchain compatível com EVM e que o BC planeja utilizar para a moeda digital do Brasil.

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A média diária de volume financeiro negociado na plataforma foi de R$ 9,5 bilhões, um crescimento de 26% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre julho e dezembro de 2023, foram realizadas 41 mil operações, um aumento de 54% se comparado ao mesmo período de 2022.

O Trademate é a plataforma de negociação eletrônica de ativos de renda fixa da bolsa desenvolvida totalmente em nuvem para substituir a plataforma de negociação Trader. Os primeiros produtos negociados no Trademate foram os títulos públicos federais indexados NTNB, LFT e NTNC; e os títulos públicos pré-fixados LTN e NTNF.

Atualmente, o market share de negociação secundária que passam pela plataforma da B3 representa 11% do mercado de títulos públicos no país.

“Nos últimos meses, observamos dias de negociação em que o volume do mercado secundário de títulos públicos federais no ambiente eletrônico da B3 chegou a 40%, se aproximando dos padrões médios observados no mercado norte-americano, onde aproximadamente 60% do volume negociado diariamente ocorre em ambiente eletrônico”, destaca Afonso Rossatto, Head de Produtos de Renda Fixa na B3.

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Tokenização na B3

Segundo informou a B3, em 2024, a plataforma receberá novas atualizações, incluindo a migração dos seguintes produtos atualmente negociados no Trader: Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), Cotas de Fundos Fechados (CFF), Debêntures e Crédito de Descarbonização (CBIO). Também está previsto o lançamento da versão web do Trademate.

“Os movimentos regulatórios que buscam trazer maior transparência ao mercado, combinados à tecnologia inovadora do Trademate, promoverão mais liquidez em ambientes eletrônicos. Com isso, acreditamos que o mercado passará por uma evolução saudável, com a criação de um ambiente propício para o seu crescimento, que facilitará a entrada de novos investidores e garantirá maior transparência das informações”, diz Rossatto.

No ano passado, a B3, bolsa do Brasil, lançou uma plataforma para emissão, registro e negociação de ativos tokenizados. Junto ao anuncio a B3 também divulgou o lançamento de tokens representativos de debêntures foram emitidos por uma instituição financeira no novo ambiente da B3 e transferidas para carteiras digitais de outras instituições financeiras.

Segundo a B3, a plataforma para ativos digitais reforça a estratégia da B3 de evoluir continuamente em seu negócio principal, trazendo inovações que beneficiem seus clientes e contribuam para o desenvolvimento do mercado. O sistema utiliza tecnologia blockchain, o que aumenta a segurança e a eficiência na transferência de ativos digitais.

“A B3 oferece uma plataforma completa, com tecnologia de ponta e segurança, para facilitar a negociação de ativos tokenizados de forma ágil e transparente, permitindo que todos os tipos de investidores possam ampliar as possibilidades de diversificação de suas carteiras”, afirmou na época Humberto Costa, superintendente de Novos Negócios da B3.

Sobre o primeiro ativo regulado que foi tokenizado, o executivo explicou que as debêntures foram digitalizadas e disponibilizadas em uma rede blockchain. Para garantir a solidez à operação, o ativo foi mantido na depositária de renda fixa, seguindo o arcabouço regulatório vigente, e replicado para a nova tecnologia.

“Outros ativos negociados que passam pela depositária da B3, local onde estão armazenadas as informações de um papel, como titularidade e o histórico, poderão ser tokenizados”, declarou.

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