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Quem vai escrever o futuro do Bitcoin?

O Bitcoin não é uma empresa, nem tem um CEO e conta apenas com algumas dezenas de contribuidores ativos em seus principais repositórios

 (SOPA Images/Getty Images)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de outubro de 2025 às 10h00.

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Por Lucas Ferreira*

Muita gente olha para o Bitcoin como uma tecnologia pronta, um protocolo sólido que já provou sua resiliência. Para o investidor, a rede parece um “ativo” estável, com blocos sendo minerados, transações confirmadas e liquidez crescente nos mercados. Mas por trás dessa aparente estabilidade existe uma pergunta incômoda: quem vai manter o Bitcoin funcionando nas próximas décadas?

Se o valor de mercado do bitcoin rivaliza com o das maiores empresas de tecnologia, é razoável lembrar que Meta e Google empregam dezenas de milhares de desenvolvedores. Já o Bitcoin, que não é uma empresa nem tem um CEO, conta apenas com algumas dezenas de contribuidores ativos em seus principais repositórios. O desafio não é apenas financiar o presente, mas garantir que exista uma próxima geração de desenvolvedores disposta e preparada a assumir a responsabilidade de proteger o protocolo e garantir sua evolução.

O Brasil já é parte importante dessa história. O país é hoje o segundo com mais encontros técnicos BitDevs no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Esses encontros, que começaram em Nova York em 2013, se tornaram referência: espaços onde desenvolvedores do Bitcoin Core e de outros projetos se encontram para discutir propostas, revisar código e debater pesquisa de ponta. Atualmente, há encontros regulares em seis cidades brasileiras.

O risco de uma lacuna geracional de desenvolvedores é real, e por isso diferentes iniciativas têm surgido para reduzir essa distância.  Quando programadores brasileiros conseguem chegar a esses espaços, tornam-se parte de uma dinâmica que aposta no fortalecimento do protocolo a longo prazo.

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O Brasil não é um caso isolado. Há uma rede crescente de iniciativas voltadas para a preparação de novos desenvolvedores de Bitcoin: a Bitshala, focada na Índia e no Sudeste Asiático; a B4OS, organizada pela Librería de Satoshi para a América Latina hispânica; o Btrust Builders, com foco na África e no Sul Global; além dos esforços pioneiros da Chaincode Labs e do Bitcoin Optech, que há anos cultivam contribuidores.

Esses programas partem de uma constatação simples: se o Bitcoin não tiver desenvolvedores, não terá futuro. E por que isso importa para investidores?

Para quem acompanha o bitcoin como ativo financeiro, essa dimensão costuma passar despercebida. Narrativas sobre halving, ETFs e preço só fazem sentido se o protocolo continuar funcionando com segurança e eficiência. Sem desenvolvedores qualificados e incentivados, não há confiança, não há soberania e não há valorização sustentável.
Mais do que acompanhar o preço nos gráficos, apoiar a formação de novos talentos é garantir que a rede continue viva, descentralizada e preparada para os próximos 50 anos.

*Lucas Ferreira é fundador da Vinteum, organização sem fins lucrativos dedicada à formação e ao financiamento de desenvolvedores open-source de Bitcoin no Brasil. 

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