O preço do bitcoin está próximo dos US$ 30 mil (Reprodução/Unsplash)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 22 de maio de 2022 às 21h13.
Maio tem sido um dos piores meses no ano para o mercado de criptomoedas que sofreu a consequência do aumento da inflação nos EUA, levando os investidores a fugir dos ativos de risco como os criptoativos e, depois, a 'falência' da UST/LUNA que jogou todo o mercado em uma espiral de queda que levou o bitcoin para US$ 25 mil e fez o mercado cripto perder mais de US$ 1.5 trilhão.
No entanto, como aponta Isabela Rossa, country manager da Coin Cloud, a queda do bitcoin por causa da Luna já chegou ao fim e agora é preciso analisar como o mercado cripto irá lidar com as cicatrizes abertas em maio.
"Ainda pode haver consequências dos efeitos de fundos com exposição em Luna/UST precisando vender BTC para permanecer solvente", aponta.
Já Felipe Medeiros, analista e sócio da Quantzed Criptos, destaca que há um forte suporte em tonro de US$ 25 mil e US$ 26 mil o que indica que não deve ocorrer uma queda abaixo destes níveis, embora um retorno para US$ 40 mil, no curto prazo, também parece improvável.
"O bitcoin tem se mostrado resiliente no suporte de 28 mil dólares. O mau humor tomou conta do mercado mas isso não foi suficiente para que o bitcoin e demais ativos do mercado perdessem o último fundo (26.700), que segundo dados onchain fornecidos pela glassnode, formou uma grande região de interesse", disse.
Guilherme Rebane, Head of Latam da OSL, plataforma de ativos digitais, desaca que o bitcoin, com os acontecimentos recentes, entra na quarta semana de maio ainda patinando entre 28 e 30 mil dólares, depois de sondar o território dos 25 mil dólares.
“Alguns reguladores já vinham chamando a atenção para as stablecoins, e o desconforto que antes era apenas de poucos players de mercado em relação ao tema, agora ganha mais corpo”, avalia Rebane.
Para ele diversos fatores globais também são responsáveis por manter a pressão na cotação dos ativos digitais.
“A inflação, fruto da pandemia, o temor pelo aumento dos juros americanos, a Guerra entre Rússia e Ucrânia e as expectativas sobre a economia chinesa estão no radar dos investidores. O recente selloff das criptomoedas parece ter obrigado diversos players grandes do setor a reduzirem o risco na classe de ativo, isso deve trazer uma mudança na dinâmica do mercado.", destacou;
Para Rebane, apesar do mal momento que impacta as criptomoedas e os ativos de risco, muitos investidores têm interpretado a situação como uma oportunidade de adquirir os ativos digitais em um momento de baixa do mercado.
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