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Quase 94% dos brasileiros têm medo de sofrer tentativa de fraude, diz pesquisa

Levantamento mostra que WhatsApp e outras redes sociais são o principal canal usado por criminosos para chegar às vítimas

Brasileiros defendem métodos mais eficientes de proteção de dados (Yuichiro Chino/Getty Images)

Brasileiros defendem métodos mais eficientes de proteção de dados (Yuichiro Chino/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 29 de junho de 2023 às 16h40.

Mais da metade dos brasileiros foi vítima de fraudes envolvendo roubo de dados bancários e pessoais, além de perdas financeiras, ao menos duas vezes. É o que aponta uma pesquisa realizada pela empresa SAS, que atua na área de inteligência artificial e análise de dados, divulgada com exclusividade pela EXAME.

O levantamento, que também foi realizado em outros países, mostra que 52,8% dos brasileiros entrevistados foram vítimas de fraudes duas vezes ou mais. Além disso, 93,8% dos consumidores têm medo atualmente de acabarem se tornando alvo de tentativas de fraude.

A pesquisa revela que a obtenção de dados bancários e informações pessoais - que geralmente são usadas para realizar movimentações financeiras - é o tipo mais comum de tentativa de fraude relatado pelos entrevistados. Já o meio de contato mais usado por criminosos é o WhatsApp e outras redes sociais.

Com os fraudadores cada vez mais sofisticados, não é surpresa que tantos consumidores tenham medo de se tornarem vítimas de fraudes. O estudo também mostra que um quarto dos consumidores acredita que seus provedores de serviços financeiros não são claros sobre as ações que estão tomando para protegê-los de fraudes e outros crimes financeiros", avalia Robson Ohosaku, especialista de fraude e security intelligence do SAS.

Formas de proteção

Para 97,8% dos brasileiros entrevistados, as instituições financeiras deveriam tomar mais medidas para garantir a proteção contra fraudes. O número é maior que a média global, de 90%. Foram 13,5 mil entrevistados no Reino Unido e Europa continental, EUA, Canadá, Brasil, Emirados Árabes Unidos e África do Sul.

Os entrevistados também foram questionados sobre o impacto de verificações de segurança na experiência de uso de aplicativos e outros serviços. Entre os brasileiros, 40,5% dizem que é preciso tornar esses processos mais rápidos. Ao mesmo tempo, 86% afirmaram que concordariam em ter mais atrasos e verificações em troca de uma proteção maior.

Para 56,3% dos brasileiros, seria melhor realizar a autenticação no momento da transação usando identificadores como biometria, ao invés de usar senhas fixas. Os dados do levantamento também mostram que cerca de 85% dos entrevistados no Brasil estariam dispostos a compartilhar dados pessoais com provedores de serviços caso essas informações ajudassem a aumentar a proteção contra ações ilícitas.

Para Ohosaku, "o uso de reconhecimento facial e impressões digitais pode resolver dois desafios ao mesmo tempo. Ele fornece uma camada extra de segurança para evitar fraudes, ao mesmo tempo em que melhora a experiência do usuário, pois os consumidores não precisam se lembrar de senhas longas e complexas".

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