Brasileiros defendem métodos mais eficientes de proteção de dados (Yuichiro Chino/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 29 de junho de 2023 às 16h40.
Mais da metade dos brasileiros foi vítima de fraudes envolvendo roubo de dados bancários e pessoais, além de perdas financeiras, ao menos duas vezes. É o que aponta uma pesquisa realizada pela empresa SAS, que atua na área de inteligência artificial e análise de dados, divulgada com exclusividade pela EXAME.
O levantamento, que também foi realizado em outros países, mostra que 52,8% dos brasileiros entrevistados foram vítimas de fraudes duas vezes ou mais. Além disso, 93,8% dos consumidores têm medo atualmente de acabarem se tornando alvo de tentativas de fraude.
A pesquisa revela que a obtenção de dados bancários e informações pessoais - que geralmente são usadas para realizar movimentações financeiras - é o tipo mais comum de tentativa de fraude relatado pelos entrevistados. Já o meio de contato mais usado por criminosos é o WhatsApp e outras redes sociais.
Com os fraudadores cada vez mais sofisticados, não é surpresa que tantos consumidores tenham medo de se tornarem vítimas de fraudes. O estudo também mostra que um quarto dos consumidores acredita que seus provedores de serviços financeiros não são claros sobre as ações que estão tomando para protegê-los de fraudes e outros crimes financeiros", avalia Robson Ohosaku, especialista de fraude e security intelligence do SAS.
Para 97,8% dos brasileiros entrevistados, as instituições financeiras deveriam tomar mais medidas para garantir a proteção contra fraudes. O número é maior que a média global, de 90%. Foram 13,5 mil entrevistados no Reino Unido e Europa continental, EUA, Canadá, Brasil, Emirados Árabes Unidos e África do Sul.
Os entrevistados também foram questionados sobre o impacto de verificações de segurança na experiência de uso de aplicativos e outros serviços. Entre os brasileiros, 40,5% dizem que é preciso tornar esses processos mais rápidos. Ao mesmo tempo, 86% afirmaram que concordariam em ter mais atrasos e verificações em troca de uma proteção maior.
Para 56,3% dos brasileiros, seria melhor realizar a autenticação no momento da transação usando identificadores como biometria, ao invés de usar senhas fixas. Os dados do levantamento também mostram que cerca de 85% dos entrevistados no Brasil estariam dispostos a compartilhar dados pessoais com provedores de serviços caso essas informações ajudassem a aumentar a proteção contra ações ilícitas.
Para Ohosaku, "o uso de reconhecimento facial e impressões digitais pode resolver dois desafios ao mesmo tempo. Ele fornece uma camada extra de segurança para evitar fraudes, ao mesmo tempo em que melhora a experiência do usuário, pois os consumidores não precisam se lembrar de senhas longas e complexas".
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