Future of Money

Quarto maior banco do mundo: cripto vai crescer mais rápido que a internet

O banco americano Wells Fargo afirmou, em relatório, que os criptoativos se assemelham à internet nos anos 1990 e também aconselhou investidores de ativos digitais

O relatório traz três conselhos ao investidor de criptoativos: "Seja paciente, prudente e cuidadoso". (iStockphoto/iStockphoto)

O relatório traz três conselhos ao investidor de criptoativos: "Seja paciente, prudente e cuidadoso". (iStockphoto/iStockphoto)

O banco americano Wells Fargo comparou os criptoativos ao que era a internet no final dos anos 1990, quando a tecnologia caminhava rumo à adoção em massa. Em um relatório, o quarto maior banco do mundo em valor de mercado explica sua postura otimista, embora cautelosa, com a classe de ativos e aconselha quem quer investir parte do portfólio nos ativos digitais.

Na visão do Wells Fargo, cujo market cap atual é de US$ 228 bilhões, segundo o CompaniesMarketCap, o argumento de que já é tarde demais para investir em criptomoedas é falho.

Focar em performance passada pode ser prejudicial ao potencial investidor de cripto, diz o texto da instituição. Como os ativos são muito recentes, sua rentabilidade anterior é assustadora, já que a maioria partiu de zero. Além disso, continuam em processo de amadurecimento — mesmo o bitcoin, relativamente estável, ainda é até quatro vezes mais volátil que o ouro, apontou o banco.

O relatório faz uma comparação da adoção dos criptoativos com outras tecnologias, como a internet. Em 1996 somente 77 milhões de pessoas tinham acesso à Internet. No ano 2000, eram 400 milhões e, atualmente, quase 5 bilhões navegam online todos os dias. Segundo pesquisa da plataforma Crypto.com, em junho de 2021 eram 221 milhões de pessoas ao redor do planeta utilizando criptomoedas, o dobro em relação aos quatro meses anteriores.

Segundo o estudo do Wells Fargo, há razões para acreditar que a adoção dos ativos digitais seja ainda mais rápida do que a da internet, principalmente porque inovações mais recentes, como os smartphones ou o Wi-Fi, foram adotados ainda mais rápido — a razão para isso é que cada uma é construída em cima de uma tecnologia pré-existente — e o banco acredita que seja assim também com os criptoativos.

O relatório conclui com três mensagens ao investidor: seja paciente, prudente e cuidadoso. Paciência porque "essa classe de ativos apenas começou a crescer". Prudência para "esperar a maturação dos meios de investimento, já que investir através de corretoras ainda é complexo e os riscos especulativos são altos, enquanto os ETFs negociados no mercado americano só investem em índices futuros, e não nos ativos em si".

O cuidado é o mais importante, conclui o estudo, que afirma que muitos investidores podem ficar tentados a comprar novos ativos nas corretoras, mas existem razões para acreditar que quedas como a de 2017, quando 40% das criptomoedas evaporaram, vão acontecer novamente. "É preciso muita diligência para selecionar novos tipos de ativo", conclui o texto.

Não é a primeira vez que o Wells Fargo se manifesta sobre cripto e blockchain. Recentemente, o banco anunciou uma iniciativa conjunta com o HSBC para o uso da tecnologia blockchain para liquidar operações cambiais.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinBlockchainCriptoativosCriptomoedasEthereumEXAME-no-InstagramInternet

Mais de Future of Money

Thiago Nigro, o Primo Rico, investe R$ 1 milhão em bitcoin: 'Faz sentido entrar'

Corretora Crypto.com anuncia que vai deixar de oferecer stablecoin USDT para investidores

"Gosto da lucratividade", presidente do banco central da República Tcheca propõe compra de bitcoin

Empresa japonesa Metaplanet quer comprar R$ 4 bilhões em bitcoin nos próximos 2 anos