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Agência de notícias
Publicado em 17 de maio de 2024 às 14h16.
Última atualização em 17 de maio de 2024 às 14h28.
Uma sessão de pitching em que as três equipes finalistas apresentaram seus projetos a uma banca de especialistas em blockchain e Web3 marcou o encerramento do primeiro hackathon promovido pela Lumx em parceria com o Ethereum Rio, na quarta-feira, 15 de maio.
O hackathon teve duração de três dias, nos quais as equipes de desenvolvedores tiveram a oportunidade de aprimorar seus projetos, contando com workshops e mentorias ministradas pela Lumx e as empresas parceiras Polygon, Scroll e Tanssi.
O evento teve foco no desenvolvimento de soluções disruptivas capazes de impulsionar a inovação do ecossistema brasileiro de blockchain, criptomoedas e Web3, privilegiando soluções destinadas a resolver problemas reais e desenvolver novos negócios que já nascem com casos de uso testados e aprovados.
O hackathon está alinhado com a missão da Lumx de abrir espaço para profissionais capacitados e projetos promissores no ecossistema brasileiro de blockchain e Web3 , destacou Amanda Marques, CMO da startup brasileira:
"O Lumx Hack foi a maneira que encontramos de incentivar desenvolvedores e profissionais de diferentes áreas de atuação a criarem soluções utilizando o blockchain de forma simples e acessível."
Intitulado Freedom Chains, o grande vencedor do Lumx Hack associa a tecnologia blockchain à inteligência artificial (IA) para aumentar a transparência e a eficiência do sistema carcerário.
A ferramenta idealizada pelos desenvolvedores cria dispositivos para rastrear o histórico de comportamento dos presos on-chain para que as autoridades possam ter mais controle sobre o sistema carcerário, evitando, por exemplo, casos de corrupção envolvendo detentos e agentes, explicou Kesney Lucas Ferro, integrante da equipe vencedora.
O Freedom Chains possui ainda um sistema de IA criado pelos desenvolvedores para "reunir todo esse conteúdo e sumarizá-lo para ajudar em procedimentos de, por exemplo, conseguir alvará de soltura, habeas corpus, além de documentar todo esse processo de ressocialização", acrescentou Ferro.
Além do Freedom Chains, os outros dois projetos finalistas foram o PULSE e o Bee Layer. O PULSE é uma ferramenta que promove o engajamento de comunidades on-line, incluindo a Ipê City, primeira cidade startup do Brasil.
Representante da Khiza DAO e integrante da equipe de desenvolvedores do PULSE, Mariana Godoy disse que a própria experiência de participar do hackathon reforça o potencial do projeto:
"O time foi formado online e mesmo sem nos conhecermos fomos capazes de desenvolver uma solução para um problema real e ser finalistas. Projetos com grande potencial nascem nesse tipo de competição."
Por fim, o Bee Layer é um projeto que ataca um problema recorrente no Brasil: golpes com cartão de crédito e casos de chargeback. Representante da equipe, Wellington Moura disse que a solução desenvolvida tem como objetivo "reduzir o impacto do chargeback para empresas que provêm meios de pagamento."
O chargeback é um processo pelo qual uma transação de cartão de crédito é revertida pelo banco emissor do cartão após uma contestação bem-sucedida pelo titular do cartão. Trata-se de um mecanismo de proteção ao consumidor que permite aos usuários de cartões solicitar o estorno de uma transação em casos específicos, como fraudes, disputas sobre a qualidade ou entrega de produtos e serviços, ou transações não autorizadas.
Organizador do Ethereum Rio, Antônio Neto celebrou a parceria com a Lumx e destacou a sinergia entre o hackathon e os objetivos gerais da edição deste ano do evento:
"O hackathon se alinhou muito com nossa proposta, que foi de mostrar os cases bem sucedidos e as oportunidades, o movimento da comunidade, de como tudo está acontecendo, além da importância da união, porque não é simples educar, fazer o caminho correto e construir soluções que de fato resolvem problemas."
A equipe do Freedom Chains recebeu um prêmio de US$5.000 por ter sido a grande vencedora do hackathon. Os outros dois projetos finalistas dividiram US$ 4.500 e também houve uma distribuição de US$10.000 em bolsas no Lumx Protocol.
Os desenvolvedores de projetos focados na tecnologia blockchain vêm se destacando em hackathons não apenas no Brasil, mas também em competições internacionais. Um grupo formado por estudantes universitários do Inteli venceu o "The Universtity Award" no Solana Renassaince Hackaton.
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