BTG Pactual possui diversas iniciativas no setor de criptoativos (Leandro Fonseca/Exame)
A Stonoex, fintech brasileira especializada na tokenização de commodities, foi uma das escolhidas pelo programa boostLAB do BTG Pactual. Com o apoio do maior banco de investimentos da América Latina, a Stonoex poderá desenvolver seus negócios, que visam criar uma nova forma de ofertar mercadorias.
O boostLAB, organizado em parceria com a ACE Startups, é um programa de conexão e potencialização para startups em nível avançado. Seu objetivo é potencializar o crescimento e geração de valor das startups, aproximando as empresas de empreendedores, além de potenciais parceiros e clientes.
Segundo James Franciscus, CEO da Stonoex, a tokenização amplia as possibilidades de negociação no setor de commodities, beneficiando toda cadeia de negócios, incluindo produtores e investidores.
“Além de oferecer uma diversificação de investimentos, os tokens de commodities criaram uma nova forma de ofertar mercadorias conectando produtores e potenciais investidores em um ambiente com mais transparência, segurança e liquidez”, afirmou o CEO ao Cointelegraph.
Em entrevista à EXAME, Pedro Compani, associate director na área de Venture Capital do BTG Pactual, contou o que chamou a atenção na Stonoex para que ela fosse uma das 7 selecionadas entre mais de 400 inscrições para o boostLAB.
Compani citou a tecnologia focada em tokenização, blockchain e outras estruturas de redes descentralizadas como algumas das áreas em que a Stonoex se destaca. “Acreditamos que tem um potencial gigante”, disse.
O foco do BTG Pactual com a Stonoex a partir do boostLAB será a forma como a tokenização pode transformar o mercado financeiro. “O que a gente olha aqui não é nem em termos de criptomoedas, que isso a gente olha via Mynt, mas acreditamos que [a Stonoex] tem um poder bem forte para mudar a forma como o mercado financeiro opera. Desde processos de liquidação, custódia... temos estudado muito isso”, afirmou Compani. A Mynt é a nova plataforma de criptomoedas do BTG Pactual.
“A Stonoex é um grande potencial pro mundo de commodities, principalmente café, alguns grãos... nos chamou a atenção e quisemos ficar mais próximos para ver o que poderemos fazer juntos”, acrescentou.
Dentre as milhares de inscrições que o boostLAB recebeu desde sua criação em 2018, 76 empresas já foram selecionadas para o programa de potencialização, que já se tornou referência no mercado brasileiro.
Como benefícios, os times das empresas selecionadas, incluindo o da Stonoex, receberão nos próximos meses treinamento especializado em vendas, marketing e negócios, que serão acompanhados pelos executivos do banco.
Das 76, o BTG Pactual fechou negócio com 70% delas, afirmou Compani. Sobre as possibilidades futuras com a Stonoex, o executivo se demonstrou otimista: “se vai sair ou não ainda é cedo para saber, mas não foi à toa que selecionamos essas startups”. A sinergia com o banco foi apontada como um dos principais requisitos para as startups do boostLAB.
Mais recentemente, o programa vem ampliando seus serviços e criou o Venture Debt, uma linha de crédito voltada para o mercado de startups. Além disso, o banco de investimentos também quer oferecer para estas empresas serviços bancários. Conta corrente, emissão e pagamento de boletos, contas de consumo, tributos e DARFs, além de transferências via Pix, TED, antecipação de recebíveis estariam entre as soluções.
O BTG Pactual começou a estudar a tecnologia blockchain em 2017 e desde então, vem intensificando seus esforços em diversas áreas de atuação do setor. Começando em 2019 pelo ReitBZ, o primeiro token do mundo a distribuir dividendos de imóveis, o BTG lançou três fundos de investimento em bitcoin e ether, terá a Mynt, uma plataforma dedicada a compra e venda de criptomoedas, e explora novas possibilidades a partir de startups no boostLAB.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok