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Premiada pela Fundação Gates, startup adota blockchain e vai virar DAO

Única socialtech brasileira premiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, a Ribon está deixando a hierarquia para trás e adotando a descentralização com a tecnologia blockchain

Carlos Menezes, João Moraes e Rafael Rodeiro, cofundadores da Ribon (Ribon/Divulgação)

Carlos Menezes, João Moraes e Rafael Rodeiro, cofundadores da Ribon (Ribon/Divulgação)

A socialtech Ribon, única brasileira eleita como uma das startups mais inovadoras do mundo pela Fundação Bill e Melinda Gates, anuncia nesta quarta-feira, 23, a mudança de seu modelo de negócios para uma organização autônoma descentralizada (DAO), que está prevista ainda para este ano.

Ao se tornar uma DAO, a empresa deixa para trás as posições hierárquicas em seu quadro, para se tornar autônoma e independente. A partir da descentralização proposta pela tecnologia blockchain, nem mesmo seus criadores terão influência determinante.

No momento em que a Ribon se tornar uma organização do gênero, pessoas no mundo todo poderão ter os tokens da empresa e opinar sobre suas decisões, como os gastos de recursos, por exemplo. E para que uma ideia seja colocada em prática, é necessário o consenso da maioria.

A intenção da startup que atua no mercado de filantropia digital é crescer ainda mais depois da mudança, e os tokens são sua maior aposta. Com a hospedagem do software da Ribon em uma plataforma em blockchain, serão gerados tokens que, segundo a empresa, vão poder ser utilizados para fazer pagamentos ou recompensar atividades realizadas, além da própria tomada de decisão dentro da DAO.

(Mynt/Divulgação)

Toda a receita gerada pela plataforma vai alimentar a emissão de novos tokens, que podem valorizar com o tempo e ser trocados por dinheiro. “Quem possuir tokens sempre vai querer o melhor da empresa. Com a operação da Ribon em alta, os tokens automaticamente se valorizam. Isso faz com que as pessoas que estejam envolvidas nas escolhas que traçarão o caminho da startup optem sempre por decisões que sejam o mais assertivas possível”, explicou Rafel Rodeiro, cofundador da Ribon.

Mais de 300 mil pessoas já foram beneficiadas pelas doações feitas na plataforma, que destaca que a mudança em seu modelo de negócios não irá afetar a experiência do usuário. Fundada em 2016 por três estudantes da Universidade de Brasília (UnB), a Ribon trabalha pelo desenvolvimento da cultura de doação para caridade no Brasil e com isso, conquistou o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, uma das maiores instituições filantrópicas do mundo.

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