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Preço do bitcoin se consolida, mas pode ter correção até US$ 57 mil

Indicadores técnicos apontam para uma diminuição no apetite comprador e demonstram que preço da criptomoeda pode vivenciar uma nova correção

 (S3studio/Getty Images)

(S3studio/Getty Images)

Por Lucas Costa*

Durante a semana, o preço do bitcoin segue consolidado, próximo do seu topo histórico e se sustentando acima dos US$60.000. O mercado segue otimista, ainda com a repercussão da SEC ter aprovado o primeiro ETF de futuros de bitcoin do mercado, e com o anúncio de que grandes marcas estão apostando no chamado Metaverso, uma espécie de ambiente da realidade virtual que é amigável à tecnologia blockchain e desenvolvimento de NFTs.

A principal criptomoeda valorizou mais de 120% entre julho e final de outubro, saindo de US$29.500 para US$67.065. O apetite do mercado pode ser medido pelo indicador de “contratos em aberto”, que mostra qual o saldo das posições compradas no criptoativo e pode ser interpretado como um elemento de antecipação de movimento – seta azul demonstra que a quantidade de contratos em aberto estava aumentando, enquanto o preço do bitcoin caía (seta laranja), isso demonstra uma divergência que resultou depois na forte valorização que vimos (seta amarela). No momento atual, a quantidade de contratos em aberto se mostra baixa, sinalizando falta de apetite comprador e possibilidade de correção. Seguimos acompanhando o indicador nos próximos dias para possíveis reações.

(TradingView)

No gráfico diário, o preço começa um processo de consolidação, com enfraquecimento do movimento recente. Você já sabe, mas não custa lembrar que uma tendência de alta é formada por movimentos de impulsão e correção, e algumas quedas podem ser vistas como oportunidade de entrada com uma melhor relação entre risco e retorno. O preço segue testando a média móvel de 21 períodos, que é um importante suporte e já mostra alguma reação compradora nesse nível de preço. A pernada de alta formada entre 21 de setembro e 20 de outubro (seta azul) pode ser usada como referência para traçarmos as retrações de Fibonacci, que são níveis de preço que atuam como suporte baseado em proporções de Fibonacci. Dito isso, os principais suportes se mantêm nas retrações de 38,2% em US$56.532 e 61,8% em US$50.065, em caso de correções mais profundas. O rompimento do topo histórico tem alvos em US$78.345 (141,4% de Fibonacci) e US$83.930 (161,8% de Fibonacci).

(TradingView)

O gráfico de 4 horas mostra com maiores detalhes a lateralidade citada. A média móvel de 200 períodos começa a se aproximar e se apresenta como uma importante suporte de curto prazo nos US$58.720. Ficamos atentos a um novo teste dos US$64.900, que caso falhe, aumenta a probabilidade de correção. Reversões de movimento no teste da retração de Fibonacci podem ser boas oportunidades de entrada a favor do movimento principal de alta para investidores mais ansiosos, contanto que posicionem stops abaixo da mesma.

A expectativa é de continuidade da tendência de alta, porém, é importante aguardar uma correção, dado a proximidade da resistência do topo histórico e diminuição do volume de negociação dos últimos dias. O cenário de correção até às retrações de Fibonacci pode garantir um melhor risco-retorno, com alvos maiores e stops menores. A sugestão para investidores que estão posicionados é de proteção de lucros com posicionamento de stops em US$57.250 ou US$54.500.

(TradingView)

Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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