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As potencialidades do Drex para a inclusão financeira no Brasil

Moeda digital brasileira representa um marco significativo para o mercado financeiro, oferecendo segurança e inovação através da adoção da blockchain

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de janeiro de 2024 às 14h00.

Por Tiago Aguiar*

A moeda digital brasileira, Drex, representa um marco significativo para o mercado financeiro, oferecendo segurança e inovação através da adoção do blockchain. Essa tecnologia não apenas garante transações seguras, mas também democratiza o acesso aos serviços financeiros.

Por exemplo, um pequeno agricultor em uma região remota poderá receber pagamentos por seus produtos diretamente em Drex, eliminando intermediários e reduzindo custos. Isso implica maior liquidez e acesso a mercados mais amplos para indivíduos anteriormente excluídos.

Um levantamento do Banco Central do Brasil revela um aumento significativo na bancarização, com 82% da população possuindo conta corrente em 2022, comparado a 57% em 2017. O Drex tem potencial para acelerar ainda mais essa tendência, integrando os 18% restantes ao sistema financeiro.

Hipoteticamente, a facilidade de criar uma carteira digital Drex pelo celular significa que até mesmo pessoas em áreas rurais ou comunidades isoladas poderão acessar serviços financeiros básicos, diferente do que acontece hoje.

A integração do Drex com tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, promete transformar a maneira como gerenciamos finanças. Imagine um aplicativo que utiliza IA para analisar seus padrões de gastos e oferecer soluções de poupança personalizadas em Drex.

Isso não apenas educa o usuário sobre finanças pessoais, mas também promove uma cultura de poupança e investimento. O Drex, através dos contratos inteligentes, poderá ser programado para entender que qualquer sobra financeira na conta de um usuário seja direcionada automaticamente para a poupança.

Adicionalmente, a capacidade de tokenizar ativos abre portas para que pessoas comuns invistam em ativos antes inacessíveis. Um indivíduo poderia, por exemplo, comprar uma pequena participação em um imóvel ou em uma obra de arte, diversificando seu portfólio e promovendo a inclusão financeira.

O Open Banking, quando combinado com a programabilidade do Drex, permitirá que usuários acessem uma variedade ainda maior de serviços financeiros. Imagine uma plataforma onde você pode não apenas ver todas as suas finanças em um lugar, mas também aplicar para empréstimos descentralizados ou gerir seus investimentos através de contratos inteligentes. Isso não apenas simplifica a gestão financeira, mas também traz transparência e eficiência ao sistema.

Em resumo, o Drex não é apenas uma nova tecnologia financeira; é uma ferramenta de empoderamento econômico. Facilitando o acesso a serviços financeiros, promovendo a educação financeira e incentivando investimentos, o Drex tem o potencial de transformar o cenário econômico brasileiro, trazendo inclusão financeira para todos os cantos do país.

*Tiago Aguiar é head de novas plataformas da TecBan

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