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Por que a geração Z está cada vez mais interessada em investir em moedas e ativos digitais?

Geração Z já está deixando sua marca no mercado financeiro e seu interesse é outro: ativos e moedas digitais

Teens in circle holding smart mobile phones - Multicultural young people using cellphones outside - Teenagers addicted to new technology concept (Getty Images/Divulgação)

Teens in circle holding smart mobile phones - Multicultural young people using cellphones outside - Teenagers addicted to new technology concept (Getty Images/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 3 de março de 2024 às 10h17.

Por Beto Fernandes*

Já não é novidade que a ascensão da era tecnológica está redefinindo os paradigmas que regem a percepção do mundo sobre finanças. Nesse cenário em constante evolução, um novo perfil de investidores emerge como protagonista: a Geração Z, composta pelos nascidos entre meados da década de 1990 e o início dos anos 2010.

Caracterizada por sua proficiência digital adquirida desde cedo, essa cohorte demográfica está deixando sua marca no mercado financeiro.

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Ao crescer em um ambiente em que mídias digitais os conectam a diferentes estilos de vida, esse grupo testemunha, diariamente, exemplos de pessoas que alcançaram sucesso por meio de empreendimentos, carreiras ou investimentos inovadores. Tudo isso exerce influência significativa em sua formação e perspectivas para o futuro, os motivando a buscar novas formas de aumentar sua renda.

Por conta disso, a Geração Z é notavelmente interessada em criptomoedas e tokens, que são mais atraentes devido à sua natureza descentralizada, potencial de crescimento exponencial e oportunidades de investimento diversificadas.

Além disso, percebe-se uma maior valorização da liberdade financeira e autonomia entre esses jovens, características inerentes ao universo das moedas e ativos digitais, que proporcionam transações sem fronteiras e sem a necessidade de intermediários convencionais.

Outro fator que impulsiona o crescimento desse tipo de investimento entre esse público é o fácil acesso à educação financeira.

Diferentemente das gerações anteriores – com exceção dos Millenials –, que dependiam principalmente de consultores ou instituições tradicionais para orientação, hoje, é possível acessar uma ampla gama de recursos online para aprender sobre investimentos em criptomoedas, tokens e outros ativos digitais, a qualquer hora e lugar, capacitando os jovens investidores a tomarem decisões informadas e estratégicas em relação aos seus portfólios.

Paralelamente, a flexibilidade concedida pelas ferramentas de investimento online também contribui para o cenário, uma vez que as novas modalidades permitem que pessoas com menor verba disponível participem do mercado financeiro global, ao contrário das barreiras de entrada tradicionais associadas aos investimentos convencionais, como a necessidade de grandes quantidades de capital inicial.

As corretoras de negociação, por exemplo, oferecem a capacidade de comprar frações de ativos digitais com apenas alguns reais, permitindo construir gradualmente um portfólio diversificado ao longo do tempo.

Com isso, reduz-se o risco associado a grandes aplicações iniciais, também incentivando uma cultura de poupança e investimento a longo prazo entre a juventude do país, resultando em um futuro econômico mais promissor.

E para envolver ainda mais a Geração Z nesse mercado, é essencial que as empresas do segmento adotem abordagens centradas no digital. As estratégias devem ser adaptadas para refletir a linguagem e os canais de comunicação preferidos dos novos públicos, como redes sociais, influenciadores digitais e plataformas de streaming.

Ademais, oferecer educação financeira personalizada e acessível, juntamente com aplicativos de investimento intuitivos, também ajuda a atrair e reter o interesse dessa audiência.

Em suma, o crescente interesse das novas gerações em ativos como criptomoedas e tokens está causando um impacto significativo no setor financeiro global. Já temos visto uma grande influência na dinâmica do mercado, contribuindo para a expansão das corretoras e incentivando a adaptação das instituições financeiras tradicionais para atender às necessidades desse novo perfil de investidor.

*Beto Fernandes é analista da corretora de criptomoedas Foxbit.

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