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Participação dos EUA nos investimentos em bitcoin atinge menor nível desde 2019

Queda na participação dos norte-americanos no mercado coincidiu com movimento de reguladores contra empresas do setor

Bitcoin valorizou mais de 70% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin valorizou mais de 70% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 13h40.

A participação dos Estados Unidos nos investimentos do bitcoin continua em queda ao longo de 2023. Dados divulgados na plataforma CryptoQuant nesta terça-feira, 26, apontam que a oferta da criptomoeda sob posse de investidores e empresas norte-americanas atingiu agora o menor nível desde 2019.

Os dados indicam que a participação dos Estados Unidos vinha crescendo desde 2014, atingindo um pico em 2021 e mantendo um cenário de estabilidade na maior parte de 2022. No fim do ano passado, porém, o movimento de queda em relação à oferta da criptomoeda começou, se intensificando em 2023.

A queda na participação de investidores norte-americanos ocorreu mesmo durante o primeiro semestre deste ano, quando o bitcoin teve um forte movimento de valorização. Tradicionalmente, períodos de valorização no preço do ativo resultaram em expansão dos investimentos nos Estados Unidos.

Apesar de não haver uma explicação oficial para essa queda, os dois períodos mais significativos de recuo coincidem com movimentações importantes no mercado. O primeiro, no final de 2022, ocorreu em meio à falência da corretora de criptomoedas FTX, que tinha uma participação relevante no mercado norte-americano.

Regulação nos EUA

Já o segundo, e mais significativo, ocorre em meio a um endurecimento da atuação dos reguladores norte-americanos no mercado do bitcoin e outras criptomoedas. No primeiro semestre, a Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC, realizou diversas ações.

Entre elas, estão a abertura de processos contra a Binance e a Coinbase, respectivamente a maior corretora do mundo e a maior exchange dos Estados Unidos, e também movimentos que culminaram no fim do serviço de staking da Kraken e da emissão da criptomoeda pareada ao dólar BUSD.

Com isso, a ação dos reguladores pode estar espantando investidores interessados no bitcoin, em especial investidores institucionais e grandes empresas. Há, ainda, um quadro macroeconômico adverso nos Estados Unidos, ainda marcado por um ciclo de alta de juros que deixou as taxas no maior patamar em décadas, o que também afasta investidores.

Mesmo assim, isso não significa que todos os investidores dos Estados Unidos abandonaram o bitcoin. Nesta semana, a empresa MicroStrategy revelou que concluiu um novo ciclo de compras da criptomoeda, adquirindo R$ 740 milhões em unidades do criptoativo.

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