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Para ser ponte entre mundo real e blockchain, Chainlink anuncia novidades

Novas funções buscam acabar com os riscos de fraude e poderão executar limite de ordem, liquidar empréstimos ou apenas lembrar o blockchain de que horas são

Já em funcionamento na rede Ethereum, serão adotadas também pela Aaave, Synthetix e mais (Iaremenko/Getty Images)

Já em funcionamento na rede Ethereum, serão adotadas também pela Aaave, Synthetix e mais (Iaremenko/Getty Images)

Coindesk

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Publicado em 7 de agosto de 2021 às 10h30.

A Chainlink é líder no mercado em prover dados para contratos inteligentes baseados em blockchain, e está expandindo seus serviços para incluir a contabilização descentralizada que não é baseada em blockchain – um trabalho feito por uma rede de operadores de nós conhecidos como os “Chainlink Keepers”.

A Chainlink Labs também está lançando pontes no blockchain que possuem um componente de monitoração anti-fraude.

Anunciado na quinta-feira, 5, no evento anual da Chainlink, o SmartCon, os Keepers consistem em um tipo de camada de serviço para dizer aos contratos inteligentes como e quando eles devem se comportar. A funcionalidade já está disponível na rede Ethereum e está em fase de implementação pela Aave, Synthetix, PoolTogether, Barnbridge, Bancor e Alchemix.

A evolução das finanças descentralizadas (DeFi) é uma polinização cruzada entre a lógica do blockchain quanto aos contratos inteligentes e os dados do mundo real que vivem fora dessa tecnologia.

A Chainlink permite que inputs – de dados de mercado para DeFi, geradores de números aleatórios para jogos ou pontuação de esportes para mercados de previsões – sejam introduzidos em blockchains via redes de oráculos descentralizados que são mantidos por um comitê de nós da Chainlink.

Gestão de tempo

O próximo passo, como destaca o relatório de pesquisa “Chainlink 2.0”, é oferecer a contabilização bem como os inputs de dados pela mesma rede descentralizada. Para ilustrar o que a contabilização significa nesse contexto, o cofundador da Chainlink Sergey Nazarov deu um exemplo simples.

“Um contrato inteligente não consegue saber que horas são”, disse Nazarov em uma entrevista. “Ele não tem uma concepção de tempo. Então se você quer que um contrato inteligente se estabeleça na terça-feira à meia noite, você precisa de um Keeper”.

Um meio comum de contabilização utilizado em aplicativos DeFi seria o desencadeamento de ordens limite, ou coisas mais avançadas como monitorar determinadas pools de débito para empréstimos sem garantia. O que os projetos em equipe atualmente fazem é construir essa camada de cálculo dentro de seus próprios ambientes. Mas isso é antiético para toda a narrativa de descentralização, disse Nazarov.

“Nós criamos um aplicativo descentralizado de ponta a ponta”, ele disse, adicionando que “O aplicativo tem código descentralizado, e todos os sistemas que controlam o código, também são descentralizados. Porque se você realiza a descentralização parcial do código, mas não descentraliza tudo que controla esse código, é aí que você pode sofrer ataques de todos os tipos, incluindo de empréstimos relâmpago”.

Os “keepers” da Chainlink serão selecionados a partir do conjunto dos mais confiáveis operadores de nós da rede, disse Nazarov, e o lucro que receberem irá garantir que eles forneçam a contabilização em qualquer nível de congestionamento ou cenário de custo. Indo além, mais keepers de alto nível serão adicionados à rede, como o T-Systems, da Deutsche Telekom.

As conexões que faltam

O time da Chainlink vem trabalhando há dois anos em um protocolo de interoperabilidade que atravessa o blockchain (CCIP). A empresa também anunciou uma ponte programável de token, que será construída em cima do CCIP. A ponte pode ser utilizada para enviar tokens e comandos computacionais a qualquer rede blockchain, abrindo as portas para aplicativos do gênero mais avançados.

A credora de criptomoedas Celsius anunciou na quinta-feira, 5, que está comprometida em utilizar o CCIP.

O clima está propício para isso, disse Nazarov, apontando para a grande façanha do THORChain no último mês.

“Quando outras pessoas fazem pontes que atravessam o blockchain, eles têm dois problemas fundamentais”, disse Nazarov. “Ou eles não projetaram um sistema seguro, ou eles não têm uma relação com outros blockchains que resultaria na adoção da ponte”.

Por trás das câmeras, o CCIP da Chainlink alavanca algo como uma garantia multi-signatária, disse Nazarov, mas feita de uma forma que agrega com eficiência as assinaturas de centenas de nós confiáves da Chainlink.

Além disso, uma nova rede anti-fraude irá funcionar paralelamente à ponte da Chainlink, monitorando cada assinatura, e transferindo em adição ou redução de um nó, explicou Nazarov. A rede anti-fraude tem a capacidade de bloquear a ponte em qualquer momento de forma completamente unilateral, ele adicionou.

“Isso cria uma camada crítica de gestão de risco e anti-fraude, disse Nazarov, adicionando que “Se você olhar para qualquer sistema no mundo que movimenta e transaciona valor, todos eles possuem departamentos anti-risco e anti-fraude. Mas por alguma razão, nós queremos movimentar bilhões de dólares em todas essas pontes sem um sistema de gestão de riscos. Como isso faria sentido?”

Texto traduzido e republicado com autorização da Coindesk
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