Future of Money

Para o Bank of America, fusão da Ethereum pode não impactar preço da criptomoeda no longo prazo

Atualização mais importante da Ethereum até agora anima investidores, mas especialistas do banco norte-americano apontam razões para “The Merge” não impactar preço do ether no longo prazo

Ether é a criptomoeda nativa da rede Ethereum (Nur Photo/Getty Images)

Ether é a criptomoeda nativa da rede Ethereum (Nur Photo/Getty Images)

Com uma atualização importante prevista para o próximo dia 6 de setembro, a Ethereum alimenta expectativas no mercado cripto de que o ether, sua moeda nativa, possa vir a valorizar. No entanto, analistas do Bank of America acreditam que na semana que antecede a atualização, o preço do ether pode cair à medida que investidores tentam entender melhor a “The Merge” e seus reais impactos.

Conhecida como “The Merge” ou “A Fusão” em inglês, a atualização será responsável por mudar a forma como as transações são verificadas na Ethereum, abandonando de vez a mineração ao adotar o modelo chamado prova de participação (PoS).

(Mynt/Divulgação)

Em um processo que faz jus ao nome, a atualização realizará a fusão entre a Mainnet, rede principal, e a Beacon Chain, que já opera sob a prova de participação desde 2020. Apesar de poder trazer uma série de benefícios para a rede, a “The Merge” não vai focar em grandes problemas relatados por usuários, como a escalabilidade, velocidade baixa e as altas taxas de transação.

“Os investidores provavelmente perceberam que a transição iminente da Ethereum para a prova de participação não abordará preocupações de escalabilidade ou altas taxas de transação”, escreveu o analista do Bank of America, Alkesh Shah em uma nota do banco a investidores.

A “The Merge” busca otimizar a rede e abraçar a sustentabilidade, com uma economia de até 99% de energia elétrica após a transição. Tudo isso porque a prova de participação não necessita do poder computacional utilizado na mineração para validar as transações, já que os validadores são selecionados por conta da quantidade de criptomoedas que possuem bloqueadas na rede.

O Bank of America ainda acredita blockchains concorrentes da Ethereum, como BNB Chain, Tron, Avalanche e Solana ganhem participação de mercado até que a Ethereum supere seus atuais desafios de escalabilidade, velocidade e taxas de transação.

Em julho, o ether chegou a disparar em meio às expectativas com a fusão. No entanto, o movimento de alta da criptomoeda esfriou e voltou a apresentar quedas que somam 7,74% nos últimos 30 dias. No momento, o ether é cotado a US$ 1.575 e sobe 6,09% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Os especialistas do Bank of America destacaram que, embora a “The Merge” provavelmente estivesse impulsionando a valorização do preço do ether no curto prazo, as perspectivas de longo prazo para o ativo permaneceram incertas, considerando um fraco sentimento macroeconômico.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:bank-of-americaCriptomoedasEthereum

Mais de Future of Money

Quer lucrar com criptomoedas em 2025? Confira dois indicadores para acompanhar

A disparada do bitcoin, regulação cripto ao redor do mundo e as perspectivas para 2025

Mulheres nas finanças e na tecnologia: paridade de gênero não pode esperar até 2155

Shaquille O'Neal vai pagar R$ 63 milhões para encerrar processo sobre NFTs