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(Dem10/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 25 de junho de 2025 às 17h59.
Última atualização em 25 de junho de 2025 às 19h16.
Cartão de crédito, Pix e reconhecimento facial são bons concorrentes para substituir o dinheiro em papel, que já cai no desuso do dia a dia. No entanto, outras opções ainda mais digitais podem entrar no páreo. Segundo Samir Kerbage, CIO da Hashdex, o “papel-moeda está com os dias contados”.
Durante o painel “Criptomoedas e stablecoins: O novo dinheiro em movimento” do Anbima Summit 2025, executivos do setor financeiro discutiram o futuro do dinheiro e como a tecnologia blockchain poderá ter parte nisso.
As stablecoins, criptomoedas que acompanham o valor de determinado ativo, geralmente o dólar americano, se tornaram uma das principais tendências financeiras do momento. Isso porque, apenas no último ano, elas processaram mais de US$ 28 trilhões, volume superior ao combinado de Visa e Mastercard.
“Papel-moeda está com os dias contados. Os governos querem acabar com ele. Tem um custo alto de emissão e é o principal meio utilizado por criminosos. Estamos falando sobre a digitalização do dinheiro e existem três modelos para isso. O centralizado de CBDC, feito na União Europeia, o modelo distribuído, como o Drex, e o modelo que os EUA resolveram adotar, que é o descentralizado, de stablecoins. Esses três modelos de dinheiro vão substituir o papel-moeda, e agora estamos vendo como isso vai acontecer”, disse Samir Kerbage durante o painel.
Em um mundo cada vez mais digital, é necessário que o dinheiro acompanhe a velocidade da internet. Segundo Daniel Mangabeira, da Circle, emissora da stablecoin USDC, a regulação das stablecoins irá possibilitar a movimentação da valores na velocidade da internet. “Vivemos em um mundo que a tecnologia já está no alcance das nossas mãos”, disse.
Para Samir Kerbage, “o que a internet fez para a informação, o blockchain vai fazer para ativos financeiros”.
Já Fábio Plein, da Coinbase, acredita que as stablecoins podem ser o “motor da modernização financeira nos próximos anos”. As stablecoins podem oferecer transações internacionais rápidas, dolarização, entre outros benefícios.
“Nossa missão na Coinbase é trazer liberdade econômica para 1 bilhão de pessoas. O primeiro caso de uso de cripto foi o investimento, e com isso conseguimos chegar a 100 milhões de usuários. Mas ainda está longe de 1 bilhão, e, para chegar nesse número, achamos que stablecoins são de fato esse killer app. As stablecoins já movimentaram mais que a Visa e a Mastercard. Estamos falando de uma indústria incipiente, mas que já movimentou tudo isso”, disse Fábio.
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