Future of Money

Opera se adianta a atualização da Ethereum e anuncia integração de navegador cripto com MetaMask

Empresa sediada em Oslo criou navegador cripto no início do ano e agora anuncia novidades em preparação para “The Merge”

Opera Crypto Browser, navegador da empresa dedicado ao blockchain (Opera/Reprodução)

Opera Crypto Browser, navegador da empresa dedicado ao blockchain (Opera/Reprodução)

O Opera Crypto Browser, navegador focado na Web 3 da Opera, anuncia nesta terça-feira, 13, uma série de novidades desenvolvidas em preparação para um importante acontecimento no universo cripto: a “The Merge”, atualização da Ethereum.

Agora, o Opera Crypto Browser possui integração com a MetaMask, maior carteira cripto do mundo desenvolvida pela ConsenSys, empresa criada por Joseph Lubin, cofundador da Ethereum.

De acordo com um comunicado divulgado para a EXAME, o navegador estaria “evoluindo a experiência do usuário para estar verdadeiramente pronto para a Web3 antes dessa fusão”. A Web3 é conhecida como a nova fase da internet, que integra a tecnologia blockchain, criptomoedas e NFTs.

(Mynt/Divulgação)

A “The Merge” ou “A Fusão” em português, é a atualização responsável por modificar a forma como as transações na rede Ethereum são validadas. Com início em 6 de setembro, ela está prevista para ser concluída nos próximos dias, em 15 de setembro, e é vista como “a atualização tecnológica mais importante da história cripto” pela Opera.

“A próxima fusão é a atualização tecnológica mais importante da história da criptografia que irá mover a Ethereum da prova de trabalho para a prova de participação, tornando-a assim mais escalável, segura, sustentável e pronta a ser utilizado pelo usuário principal”, afirmou Susie Batt, Crypto Ecosystem Lead na Opera.

De acordo com Batt, o “Opera é o único navegador verdadeiramente pronto para esta mudança e que oferece aos usuários da Web todas as ferramentas de que necessitam para dar à Web3 uma chance num ambiente seguro”.

Isso porque o Opera Crypto Browser, lançado no início deste ano, é um navegador autônomo que possui suporte integrado a aplicativos descentralizados (dApps) e sua própria carteira de criptomoedas.

Sua versão para computador possui integração aos blockchains do Bitcoin, Ethereum, BNB Chain e Polygon, enquanto a versão para celular também se conecta a Celo, FIO, Near e Nervos.

Além da integração com a MetaMask, a Opera anuncia a criação da funcionalidade chamada “Wallet Selector”, ou “seletor de carteiras digitais” em português. Ela funciona como um agregador de extensões de carteira digital para navegador, automatizando o processo de conexão lembrando as preferências dos usuários por diferentes sites.

A integração de carteiras de terceiros por meio do Wallet Selector significa que, além da carteira nativa do navegador, os usuários também podem escolher qualquer extensão de carteira disponível para interagir com um determinado dApp ou site.

“As extensões da carteira do navegador são ferramentas essenciais para explorar a Web3. Elas permitem que os usuários explorem e interajam com vários aplicativos e serviços descentralizados (dApps). No entanto, nem todas as extensões da carteira são criadas iguais. Muitos só suportam redes específicas”, afirma o comunicado da Opera.

“Para explorar múltiplas redes, os usuários de criptografia tendem a precisar de várias carteiras de navegação, o que cria uma barreira desnecessária à adoção e prejudica a experiência do usuário. A Opera está mudando isso, com a atualização de hoje e com a inovadora função Wallet Selector na barra de endereços do navegador”, acrescenta o documento.
Segundo a empresa, a funcionalidade foi desenvolvida a partir da opinião dos usuários do Opera Crypto Browser.

"Criamos o Wallet Selector com base no feedback que recebemos dos nossos usuários. Poupa-lhes muita dor de cabeça uma vez que já não têm de entrar constantemente em cenários ou de navegar entre extensões de carteiras concorrentes”, disse Tomasz Stawarz, diretor de engenharia da Opera.

Outra novidade anunciada pela Opera é um recurso de detecção de golpes conhecidos como phishing. Muito comuns na internet como um todo, eles se tornaram uma epidemia no universo cripto a partir de links e promessas falsas para capturar dados.

A Opera pretende adicionar sites de phishing em uma lista de bloqueio automático, além de incluir um recurso de proteção na área de transferência do navegador, para garantir que os endereços de carteira ou números de conta copiados sejam os mesmos que estão sendo colados.

Nas próximas semanas, o Opera Crypto Browser também apresentará um verificador de endereços maliciosos para garantir que os usuários estejam interagindo com contratos inteligentes confiáveis e não sejam enganados.

A Opera é uma empresa sediada em Oslo, na Noruega, e é listada na bolsa de valores Nasdaq (OPRA). “O desenvolvimento de um navegador dedicado sinaliza a intenção da Opera de oferecer aos usuários da internet uma janela única e simplificada para interagir com as redes blockchain e protocolos que compõem o espaço Web3”, diz a Opera.

Ainda de acordo com a empresa, o Opera Crypto Browser “é o produto de navegador da Opera que oferece uma janela para o mundo da moeda criptográfica, do blockchain e da Web3”.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCriptomoedas

Mais de Future of Money

Shaquille O'Neal vai pagar R$ 63 milhões para encerrar processo sobre NFTs

Coreia do Norte é acusada de roubar US$ 1 bilhão em ether com ataque hacker

CEO da Schwab, gestora de US$ 7 trilhões, se arrepende de não investir em cripto: "Me sinto bobo"

Mercado de criptomoedas chega a US$ 3,4 trilhões e atinge capitalização recorde