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ONGs adotam blockchain para facilitar recebimento de doações estrangeiras

Solução visa facilitar e aumentar fatia recebida por ONGs brasileiras em doações de empresas estrangeiras

 (metamorworks/Getty Images)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Editora do Future of Money

Publicado em 21 de agosto de 2025 às 09h33.

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A tecnologia blockchain é vista por especialistas como algo que pode mudar as finanças tradicionais. Entre as soluções que o blockchain oferece para problemas do universo tradicional está a captação de recursos no terceiro setor.

ONGs já encontram na tecnologia uma forma de melhorar seus processos, captar recursos e até mesmo educação profissional. É o caso, por exemplo, da ONG Educar+, que oferece cursos focados em Web3, a nova fase da internet, para os moradores do Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro.

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Um projeto recente, chamado Dominó do Bem, também pretende facilitar a captação de recursos pelas ONGs e tem a Educar+ entre suas aderidas. Em parceria com a Cryptum, empresa do setor blockchain, o projeto tem o objetivo de desburocratizar a doação de recursos para ONGs brasileiras por parte de empresas estrangeiras.

“Entendemos que a principal dor do terceiro setor, como a gente já imagina, é a dor da captação de recursos”, disse Luísa Calixto, pesquisadora da Broadminders, braço de pesquisa e insights da Sherlock Communications.

“Mas a nossa questão não é trazer dinheiro de fora para a Web 3 nem trazer dinheiro da Web 3 para Web 3. A nossa nossa máxima é trazer dinheiro estrangeiro para projetos que não estão necessariamente relacionados ao universo cripto. Então uma das coisas que a gente tem que fazer com muita delicadeza é o processo de onboarding das ONGs”, acrescentou ela, em entrevista à EXAME.

Desde o final de 2024, o Dominó do Bem busca trazer ONGs brasileiras para o projeto. Muitas delas, nunca lidaram com a tecnologia blockchain antes.

“Identificamos que a Web3 podia solucionar o problema, porque a principal questão da relação entre projetos estrangeiros e o sul global era não apenas a quantidade de taxas mas também fazer com que fosse fácil com que essas iniciativas utilizassem essas ferramentas, que também não são ferramentas simples”, explicou Luísa.
“E a outra questão é justamente a questão da confiabilidade, da auditabilidade dos processos. A gente insistiu por uma carteira autocostodiada para cada ONG, justamente para a pessoa que estiver doando conseguir ver exatamente o caminho que o dinheiro dela fez e o que a gente fez nesse ano”, acrescentou.

O projeto já conta com 11 ONGs e poucas delas já eram envolvidas com a tecnologia blockchain, como Educar+ e Play4change. Vladimir Oliveira, Coordenador Pedagógico e Articulador Social na ONG Baixada_Lab, contou à EXAME como enxerga a adoção da tecnologia através do Dominó do Bem.

"Reconheço o impacto transformador que o recurso semente, viabilizado pelo Dominó do Bem, tem gerado em nossa jornada. O apoio do Dominó não apenas fortaleceu nossa capacidade operacional, mas também validou a importância do nosso trabalho na promoção da equidade racial e no fomento ao empreendedorismo periférico”, disse.

“Com esse investimento, avançamos na execução de nossos dois programas estruturantes: o "Pega Visão", que empodera jovens negros e periféricos com ferramentas empreendedoras, e o "Como Nascem os Brabos e as Brabas", que os conscientiza sobre justiça racial por meio do letramento antirracista. Já colhemos frutos significativos -desde a ampliação do alcance das formações até depoimentos de jovens que hoje enxergam novas possibilidades de futuro graças a essa oportunidade", concluiu.

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