Projeto usa NFTs para integrar surfistas com o mundo da Web3 (Tony Heff/World Surf League/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 17h53.
Os tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) vão muito além de uma arte colecionável ou uma foto de perfil, e podem ser usados para criar comunidades, oferecer experiências no mundo real e serem também a porta de entrada para clubes. Foi essa visão que o brasileiro Matheus Bombig se uniu a outros empresários para criar o Surf Junkie Club.
Em entrevista para à EXAME para o podcast do Future of Money, Bombig comentou que os tokens não-fungíveis passaram por um processo natural de qualquer tecnologia nova: "no primeiro momento tem algum caso de uso que acaba levando a toda uma adoção de tecnologia, e depois passa o hype e aí que começa efetivamente a construir em cima dela".
Foi nesse período de alta popularidade, que Bombig acredita ter ocorrido principalmente no fim de 2021, que o empresário passou a pesquisar mais sobre NFTs e pensar em formas de entrar nesse mundo e, ao mesmo tempo, atuar em um segmento que tivesse uma forte questão de comunidade e identidade.
A partir disso, o surfe surgiu como a forma de conectar esses aspectos. "O surfe é uma comunidade bem engajada em termos de identidade, de ter toda uma cultura, um vestuário. É um esporte, um estilo de vida. Então faz sentido do ponto de vista de criar uma comunidade em volta de algo que envolvesse o surfe", comenta.
Com isso, o Surf Junkie Club começou a sair do papel, e a perspectiva é que ele seja lançado oficialmente em março de 2023. O projeto é um clube de experiências cuja entrada demanda a compra de um NFT. O token atua como uma espécie de identidade digital: é único e personalizável, podendo ser transferido em transações.
Entretanto, Bombig explica que a ideia do projeto era ir além, e oferecer junto com o criptoativo "algum tipo de benefício, experiências". Os detentores dos tokens poderão ter acesso a vantagens como pranchas e peças de roupa customizadas e experiências.
Entre as já anunciadas, estão passar um dia todo com uma lenda do surfe - ainda não anunciada - em uma piscina de ondas artificias e fazer um passeio de jet ski nas ondas gigantes da cidade portuguesa de Nazaré, em que surfistas tentam constantemente bater recordes.
Bombig afirma ainda que, em seu período de maior popularidade, os NFTs acabaram ficando associados às "coleções de figurinhas", mas o projeto buscou trazer algo "mais perene", chegando a um conceito de clube com as vantagens no mundo físico.
As vendas dos NFTs do Surf Junkie Club começarão no próximo mês, e o clube possui uma quantidade limitada 4 mil tokens, ou "carteirinhas". Cada vantagem gera um voucher correspondente que também é um NFT e que poderá ser negociado em plataformas, permitindo que os membros tenham as experiências ou produtos ou as revendam.
Os NFTs com identidades digitais também trarão benefícios como uma réplica física da arte personalizada escolhida pelo comprador e direito de voto para definir as próximas vantagens que serão distribuídas. Para saber mais sobre o projeto, ouça o podcast do Future of Money:
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