CryptoPunks, uma das coleções mais valiosas de NFTs (CryptoPunks/Reprodução)
Arte digital, programas de fidelidade, ingressos. Qual será a principal tendência entre os NFTs para 2023? Se em 2022 os tokens não fungíveis (NFTs) recuaram de sua explosão do ano anterior, empresas e criadores de conteúdo podem estar preparando um retorno ainda mais explosivo para o próximo ano.
Segundo especialistas, o ano de 2022 foi crucial para o desenvolvimento de projetos que envolvam a tecnologia blockchain e os NFTs. Isso porque a queda nas cotações e no volume de negociação dos tokens fez com que empresas e artistas entendessem as necessidades reais que os NFTs podem suprir no mercado para além da “moda” do momento.
Ao invés de lançamentos às pressas e a comercialização de itens sem um projeto robusto de benefícios por trás, o foco de 2022 foi a pesquisa para trazer NFTs mais interessantes aos olhos do público e ações educacionais para que potenciais clientes pudessem descobrir mais sobre a nova tecnologia.
“É perceptível um movimento crescente de interesse de empresas de fora do setor que podem usar NFTs como alternativas para seus negócios”, comentou André Salem, CEO da Cryptum.
Com um número exponencial de empresas entrando para a Web3, conhecida como a nova fase da internet que engloba blockchain, criptomoedas e NFTs, os projetos se tornaram mais complexos.
“A marca não quer só comunicar, ela quer impactar, trazer o consumidor para perto e escutar o que ele tem a dizer”, disse Caio Barbosa, co-CEO da Lumx Studios.
A Lumx Studios é uma startup que desenvolve infraestrutura para facilitar a criação e escalabilidade de aplicações de NFTs e foi responsável por sucessos do setor como os NFTs da Reserva, além de uma coleção que vendeu mais de R$ 2 milhões.
“Muitos projetos vão começar a sair do papel. Aqui na Lumx a expectativa é que, pelo menos, 50 projetos sejam viabilizados”, acrescentou Caio.
Em 2023, veremos menos tokens de arte digital sem nenhum benefício e mais NFTs como uma porta de entrada para programas de fidelidade e afins.
O novo tipo de token não fungível já ganhou um nome e se chama “token-gating”, afirmou Caio Barbosa. Ele serve exatamente como uma porta de acesso a experiências, benefícios e descontos integrados.
O investimento em NFTs vai deixar a mera especulação para se tornar uma verdadeira ferramenta de marketing e integração entre marcas, celebridades, criadores de conteúdo, artistas e entusiastas.
De acordo com a Lumx Studios, as próximas tendências para o mercado de NFTs serão:
• Marcas pensando no longo prazo e na gestão de suas comunidades com mais profundidade e com nível de reciprocidade maior
• Criadores interagindo com sua audiência por meio de tokens e retribuindo sua base de super fãs com mais acesso e co-criação de produtos
• Programas de fidelidade utilizando NFTs para mapear interesses e retribuir de forma mais justa seus consumidores
• NFTs sendo utilizados como meio e não como fim
• Artistas de todos os setores gerenciando suas próprias comunidades e financiando projetos com apoio e colaboração das suas audiências. Artistas devolvendo incentivo financeiro para a base de apoiadores.
Os ingressos e o registro de propriedade intelectual também podem ganhar o título de protagonistas em 2023. Times de futebol como o São Paulo já estudam a possibilidade de utilizar NFTs como ingressos para suas partidas e festivais como o Rock in Rio distribuem os tokens como uma forma de recompensa aos que frequentarem o evento.
“Ainda existe muito mais espaço para evolução da tecnologia NFT. A aplicação para arte digital é apenas a ponta do iceberg de como a tecnologia poderá ser usada no nosso cotidiano como clubes de benefícios, ingressos e registro de propriedade intelectual por exemplo”, apontou André Salem, da Cryptum.
O mercado brasileiro pode ser um dos que irá se beneficiar mais da ascensão dos tokens não fungíveis. Levando em consideração que este é um dos países onde criadores de conteúdo mais influenciam decisões de compra, as experiências proporcionadas por eles para a sua audiência poderiam se tornar ainda mais profundas com os NFTs, aponta Amanda Marques, CMO da Lumx Studios.
"Criadores de conteúdo são marcas e precisam, assim como negócios, ter um olhar atento sobre a forma de retribuição e reciprocidade que têm com seus espectadores. O uso de tokens e colecionáveis digitais para gerenciar, mapear essa relação e promover interações únicas para super fãs, sem dúvida vai mudar o caminho das relações entre criadores e suas comunidades. Fãs deixam de ter um papel passivo na construção e fortalecimento da figura de um talento e passam a ser retribuídos pelo tempo e atenção dedicados a impulsionar a figura de talentos, celebridades e creators", explicou Amanda.
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