(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 23 de junho de 2024 às 10h00.
Com as incontáveis vantagens apresentadas pela inteligência artificial (IA) em diversos setores, o uso de seus modelos no mercado financeiro já pode ser observado em variadas instituições. Entretanto, a cibersegurança relacionada a utilização dessa tecnologia é um tema que desperta a atenção das empresas e também de seus clientes.
Segundo a Comissão Federal de Comércio dos EUA, os consumidores norte-americanos perderam US$ 8,8 bilhões para golpistas em 2022, e a maioria das perdas vieram de fraudes de investimento e impostores. No Brasil, um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizado em agosto de 2023, projetou que 7,2 milhões de consumidores sofreram alguma fraude em instituições financeiras nos 12 meses anteriores à pesquisa.
O uso da IA para clonar imagens, vozes e textos e roubar dados, são algumas das ações que golpistas mais têm realizado, o que exige a atenção do público em geral, mas principalmente das companhias, que hoje precisam oferecer tecnologias altamente testadas e seguras.
A boa notícia, é que diversas instituições financeiras já criaram medidas para aumentar a proteção de clientes e parceiros e garantir uma aplicação segura da inteligência artificial nas rotinas bancárias.
Atualmente, não adianta as instituições oferecem ferramentas modernas e estratégicas sem que haja uma alta segurança por trás. Por isso, pontos considerados cruciais vêm sendo observados para garantir a privacidade dos clientes e mitigar os desafios relacionados a isso. Algumas medidas importantes e já em uso são:
Cibersegurança em dia: ao investir em modelos de IA, as financeiras devem investir também em boas práticas de segurança cibernéticas e tecnologias que promovam proteção contra ameaças externas.
Times treinados e atualizados: profissionais internos devem estar preparados não só para proteger os modelos de Inteligência artificial de possíveis ataques, como também para auxiliar em casos de falha do sistema de segurança. Manter esses colaboradores atualizados também é importante, uma vez que a própria IA evolui com rapidez.
Transparência: a instituição precisa fornecer informações claras e atualizadas sobre o uso da tecnologia para todos aqueles com que se relacionam, desde clientes a órgãos do setor.
Auditoria e regulação: é de suma importância que as instituições realizem auditorias constantes para evitar e corrigir quaisquer falhas dos modelos de Inteligência Artificial. Também é ideal colaborar com os reguladores a fim de garantir que a tecnologia esteja em conformidade com as leis.
Diversidade: os modelos de IA não podem fazer distinção entre seus usuários e a atualização dos dados utilizados na programação dos sistemas, com caráter diverso e representativo de seu público-alvo, evitar o viés do algoritmo, aumentando a segurança.
Não basta apenas seguir os movimentos da Inteligência Artificial no mercado, é preciso saber como não colocar as pessoas e outras empresas em risco. Práticas seguras e o aumento da preocupação com a temática, está popularizando a chamada IA responsável, que assegura o uso dessas medidas que foram destacadas, garantindo segurança e confiabilidade.
Neste contexto, diversas companhias têm buscado parcerias com negócios que fornecem ferramentas que não somente acompanham as transformações da IA, mas que nunca deixam de lado a segurança. Trabalhar com Inteligência Artificial em processos exige cautela, conhecimento e investimento em pesquisas e testes e, por isso, o investimento em parceiros é um caminho mais rápido e eficaz para impedir a criação de contas laranjas, desenvolver validações cadastrais confiáveis, analisar históricos de forma completa, obter ferramentas antifraudes, entre outras.
Claro que este é outro ponto que exige atenção, já que nem toda companhia vende ferramentas altamente testadas e seguras. Ter um parceiro autorizado pelo Banco Central e conhecer o histórico das instituições são os passos iniciais. Entender os valores das marcas e como trabalham com os dados é essencial também.
Por fim, concluo que é impossível fugir da IA, mas que somente seguir os movimentos da inovação não é suficiente. É preciso combinar alta segurança e estratégia, pensando nas pessoas e na própria companhia. Devemos sempre estar atentos aos caminhos abertos pela inovação, mas nunca escolher os mais arriscados, principalmente no mercado financeiro.
*Antonio Kikuti é Diretor de Crédito e Modelagem Preditiva da C&M Software, multinacional brasileira que oferece tecnologias para o mercado financeiro e setor de meios de pagamento.
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