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Novos ETFs de bitcoin em Hong Kong podem atrair demanda de R$ 100 bilhões

Expectativa é que reguladores aprovem o lançamento de fundos negociados em bolsa de preço à vista da criptomoeda ainda em abril

ETFs de bitcoin foram aprovados nos EUA em 2024 (Reprodução/Reprodução)

ETFs de bitcoin foram aprovados nos EUA em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 12 de abril de 2024 às 15h02.

A aprovação de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) de preço à vista de bitcoin em Hong Kong pode resultar em uma nova demanda de US$ 25 bilhões (R$ 125 bilhões, na cotação atual) pela criptomoeda. A projeção foi divulgada nesta sexta-feira, 12, pela empresa de análises Matrixport.

Para os analistas da empresa, a demanda adicional pela criptomoeda viria principalmente de investidores chineses interessados no ativo, cuja negociação atualmente é proibida na China, mas não em Hong Kong. Por isso, os ETFs serviriam como uma porta de acesso para os investidores.

O motivo é o chamado Southbound Stock Connect, um programa que permite que investidores da China acessem e possam investir em ativos listados no mercado de Hong Kong. Por isso, a Matrixport projeta um volume potencial de investimento no bitcoin significativo.

Os analistas pontuam que, nos últimos três anos, os investidores chineses aportaram um total inferior ao máximo permitido pelo governo da China no programa, indicando que há "um espaço disponível para fluxos de investimentos em ETFs de bitcoin, se a aprovação ocorrer sem nenhuma restrição".

A Bloomberg informou nesta sexta-feira que as autoridades de Hong Kong podem aprovar o lançamento de ETFs da criptomoeda já na próxima segunda-feira, 15, e que a aprovação deverá ocorrer até o final do mês de abril. Até o momento, não há nenhum fundo do tipo na bolsa de Hong Kong.

Na prática, a aprovação pode tornar Hong Kong a primeira jurisdição da Ásia a aprovar esse tipo de produto de investimento. Além de Hong Kong, a Austrália também está avaliando pedidos de lançamento de ETFs de bitcoin. Há a expectativa, ainda, que Singapura e os Emirados Árabes Unidos aprovem pedidos semelhantes, mas em um ritmo mais lento. Já em Hong Kong, a análise teria sido acelerada.

A Reuters afirma que ao menos quatro empresas entraram com pedidos junto ao regulador de Hong Kong. Dessas, três são filiais de grandes gestoras do mercado financeiro chinês: China Asset Management, Harvest Fund Management e Bosera Asset Management.

O jornal local Securities Times também apontou que as gestoras chinesas estão interessadas nos ETFs de bitcoin, citando ainda a China Southern Fund como uma das gestoras que já entrou ou pretende entrar com pedido de lançamento de um fundo próprio de investimento na criptomoeda.

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