Donald Trump mudou de opinião sobre criptomoedas ( Rebecca DROKE /AFP)
Redação Exame
Publicado em 15 de julho de 2024 às 16h25.
Tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) ligados ao ex-presidente Donald Trump dispararam nos últimos dias, impulsionados pelo fracasso de um ataque contra o político. As coleções, que foram lançadas em 2022 e 2023, continuam populares entre os investidores.
Dados de martketplaces de NFTs apontam que os colecionáveis digitais mais antigos, de 2022, chegaram a saltar até 50% nos dias posteriores ao ataque, que ocorreu no último sábado, 13. Já os da coleção de 2023 tiveram uma alta menor, mas ainda relevante, de cerca de 20%.
As coleções não foram lançadas por Trump ou sua equipe, mas fecharam acordos com o ex-presidente para licenciamento da imagem do político, que então foi usada para criar os colecionáveis. Ambas esgotaram nas horas seguintes ao lançamento, com uma demanda ainda aquecida.
O interesse dos investidores nos NFTs de Trump aumentou ainda mais devido ao movimento de aproximação do político com o mercado de criptomoedas. Neste ano, o ex-presidente passou a defender uma postura mais amigável dos Estados Unidos em relação ao setor.
Em maio deste ano, Trump chegou a realizar um jantar com compradores das duas coleções. Nele, o ex-presidente e atual candidato do Partido Republicano nas eleições de 2024 chegou a afirmar que tinha uma visão positiva sobre os criptoativos, reforçando que defende uma regulação amigável ao setor.
Além dos NFTs, outros ativos também foram impactados pelo ataque a Trump. O bitcoin, por exemplo, chegou a registrar a maior alta de preço em mais de dois meses, revertendo um movimento de queda recente e voltando a operar acima dos US$ 60 mil.
Graças às coleções digitais, Donald Trump possui atualmente cerca de R$ 2 milhões em ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum. Os colecionáveis são baseados na rede, e os royalties que o ex-presidente recebeu pelas coleções também foram enviados na criptomoeda.