Future of Money

NFTs da Amazônia esgotam e arrecadam mais de R$1 milhão em poucas horas

Os compradores do NFT se tornaram titulares de direitos correspondentes a um hectare de terra da região amazônica e recebem um certificado digital criptografado que atesta a autenticidade das áreas florestais

NFTs da Amazônia são uma iniciativa da MOSS (Harvepino/Getty Images)

NFTs da Amazônia são uma iniciativa da MOSS (Harvepino/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 10 de março de 2022 às 10h30.

Com o objetivo de proteger, conservar e preservar a Amazônia, a Moss, responsável pelo token MCO2, lançou recentemente uma série de NFTs chamados "NFT da Amazônia", uma iniciativa que permite aos interessados contribuírem com a manutenção do bioma da floresta amazônica.

A empresa já realizou duas rodadas de pré-venda dos tokens não-fungíveis, que se esgotaram em poucas horas e arrecadaram mais de R$ 1 milhão com suas vendas.

Agora a empresa anunciou que dará início a vendas semanais de novos NFTs, totalizando uma área total de 450 hectares protegidos.

Os compradores do NFT passam a ser titulares de direitos correspondentes a um hectare de terra da região amazônica (o equivalente a um campo de futebol), e receberão um certificado digital criptografado que atesta a autenticidade das áreas florestais, tornando-as passíveis de conservação eficaz, por meio da garantia de que a floresta permanecerá intocada.

“Salvar a Amazônia é nosso propósito e por meio da tecnologia blockchain e dessa inovação tornaremos possível que mais e mais pessoas façam parte desse sonho”, explica Luis Felipe Adaime, CEO e fundador da Moss.

Os especialistas da empresa estudaram extensivamente o desmatamento na Floresta Amazônica e concluíram que a área de maior risco é um “L” invertido do norte do Mato Grosso ao leste do estado do Pará.

“É uma área de 600 milhões de hectares, mas, entendemos que é preciso proteger, inicialmente, apenas a sua fronteira, em um perímetro de cerca de 15 milhões de hectares, o que formaria uma grande Muralha Verde. Com a compra dessa área de 450 hectares demos início ao movimento de proteção dessa região”, explica Adaime.

MOSS

A Moss atuará como guardiã e será responsável pela conservação destas áreas. A empresa está estruturando um fundo de proteção de 30 anos, ao qual destinará parte dos recursos provenientes da venda dos NFTs para cobrir custos de patrulhamento, imagens de satélite e qualquer outra demanda necessária para a segurança das áreas.

Além disso, outro valor será destinado para recompor  eventuais perdas de floresta.

Com processos rigorosos de auditoria, a empresa avaliou a documentação das terras para garantir que as áreas estão livres e desimpedidas de ônus - e assim possam ser representadas fidedignamente pelos tokens.

Nos contratos inteligentes da cada NFT, baseado na blockchain do Ethereum, também estão as informações e dados sobre o título da propriedade. Além disso, todos os detalhes das áreas podem ser consultados no site da Moss.

Desenvolvido em parceria com a OnePercent, o NFT da Amazônia se junta a outras iniciativas da climatech com o objetivo de criar e trazer mais soluções que contribuam com questões climáticas e sejam mais um ponto de contato de empresas e pessoas com a conservação e preservação de áreas florestais.

Desde sua fundação em 2020, a Moss e seus clientes já destinaram, por meio do MCO2 Token, mais de R$ 100 milhões para projetos de conservação da região.

Lançado pela climatech em março de 2020, o MCO2 é o primeiro criptoativo brasileiro listado nas maiores exchanges do mundo, como Coinbase e Gemini, além da brasileira Mercado Bitcoin. O MCO2 já fez a compensação da pegada de carbono de mais de 300 empresas como GOL, Reserva, iFood e Hering.

Cada token de MCO2 equivale a um crédito de carbono - uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser emitida na atmosfera por iniciativas que fazem parte do mecanismo REDD e REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal somado à conservação do território).

A tecnologia da Moss garante de forma simples, segura e transparente o rastreamento digital dos projetos de conservação ambiental, certificados internacionalmente, e a integridade sobre o processo de compensação de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

“Inclusive, os NFTs da Amazônia serão emitidos já com sua pegada de carbono calculada e compensada pelos tokens MCO2 correspondentes”, finaliza Adaime.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaBlockchainCriptoativosNFTs

Mais de Future of Money

Drex: Banco Central começa segunda fase do piloto com testes de casos de uso

Ethereum é a "Microsoft dos blockchains" e pode reverter mau desempenho, diz gestora

Febraban: bancos devem "liderar mercado de criptomoedas" no Brasil

Bitcoin ultrapassa US$ 64 mil, mas outras criptomoedas podem disparar mais, diz analista