(EVA MARIE UZCATEGUI/AFP/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 26 de setembro de 2023 às 15h03.
Última atualização em 26 de setembro de 2023 às 15h32.
A Agência Nacional de Aeronáutica e do Espaço dos Estados Unidos (Nasa) e seus parceiros Lonestar, uma startup de computação sediada na Flórida, e a Isle of Man enviarão uma carga à Lua contendo "cubos de dados" em fevereiro de 2024. Os dados protegidos nesses cubos serão verificados na Terra usando a tecnologia blockchain.
Se tudo correr conforme o planejado, a mesma tecnologia verificará de uma vez por todas e de forma imutável que os seres humanos pousaram na Lua quando a Nasa lançar a Artemis 3 em 2025, sua segunda missão tripulada ao satélite da Terra.
Suit Up!
Today, the #Artemis II crew and @NASAGroundSys successfully conducted a launch day demonstration. The demo included test spacesuits, a ride to Launch Complex 39B, and going up the mobile launcher to the crew access arm white room.https://t.co/vHl28fVSYR pic.twitter.com/7ed1hGvvy4
— NASA's Kennedy Space Center (@NASAKennedy) September 20, 2023
"Se preprarem! Hoje, a equipe da Artemis II e a Nasa GroundSys conduziram com sucesso uma demonstração de lançamento. A demonstração incluiu testes de trajes espaciais, uma ida até o Complexo de Lançamento 39B e a construção do lançador móvel para acesso da equipe da sala branca", publicou a Nasa no Twitter.
A missão Artemis da Nasa está pronta para entrar em sua segunda etapa com o lançamento da Artemis 2 em novembro de 2024. Embora essa missão seja tripulada, os quatro astronautas a bordo deixarão a Terra, farão uma órbita ao redor da Lua e depois retornarão à Terra. Não é exatamente o mesmo que tocar o solo lunar, mas a Artemis 2 deve configurar o derradeiro teste antes que o governo dos EUA coloque humanos na superfície da Lua novamente com a Artemis 3.
Como uma das muitas missões científicas que ocorrerão durante as viagens da Artemis, a Lonestar e a Isle of Man estão colaborando para criar sistemas pioneiros de armazenamento lunar de longo prazo que dependerão de energia solar e não exigirão nenhuma infraestrutura extra para serem instalados.
De acordo com um relatório do Science Focus da BBC, o teste envolverá a criação de selos digitais - uma tecnologia conhecida como "franquia digital" - que serão armazenados nos cubos de dados na lua. Uma vez instalados, os dados serão verificados por meio de blockchain na Terra para garantir que estejam completos e não tenham sido adulterados.
Como um efeito colateral interessante da natureza imutável da tecnologia blockchain, qualquer astronauta que aterrissar na Lua no futuro poderá usar os cubos de dados para essencialmente fazer uma espécie de check-in na Lua. A interação dos astronautas poderia ser verificada por meio da blockchain e, aparentemente, todas as teorias de conspiração em torno da próxima aterrissagem na Lua poderiam ser imediatamente refutadas.
Em uma entrevista à Science Focus, o chefe de inovação digital da Isle of Man disse que foi "surpreendentemente difícil" para a Nasa provar que ela fez seis pousos tripulados na Lua entre 1969 e 1972.
Embora a blockchain possa não ser capaz de dissipar as teorias da conspiração sobre os pousos lunares realizados no século XX, a tecnologia deve servir como um registro indiscutível para os próximos humanos que tocarem a superfície da Lua.
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