Mês de setembro ficou conhecido como "setembro vermelho" para o bitcoin (JUN2/Getty Images)
Nesta sexta-feira, 30, o mercado de criptomoedas movimenta US$ 72 bilhões, de acordo com dados do CoinGecko. Com valor de mercado em US$ 937 bilhões, as principais criptomoedas apresentam lateralidade nas últimas 24 horas. O bitcoin, principal criptomoeda, é cotado a US$ 19.446, com alta de 2,2% no mesmo período.
Chegando na reta final do que ficou conhecido como “setembro vermelho” ou “setembro sangrento”, a lateralidade do bitcoin pode gerar alívio em alguns investidores. Isso porque o mês é historicamente negativo para a cotação da maior criptomoeda do mundo, que se manteve em um patamar estável de US$ 19 mil após algumas turbulências.
“A manutenção do patamar dos US$19 mil para o fechamento do mês trás sinais interessantes de estabilidade”, comentou Thaís Almeida, analista da Titanium Asset Management.
“Mesmo com divulgações críticas de crescimento negativo do PIB estadunidense no dia de ontem, qualquer volatilidade significativa na precificação parece ter sido evitada, à medida que os números fluíam sobre o mercado despertando projeções de apertos monetários mais rígidos para os próximos trimestres”, acrescentou a analista.
Enquanto o Índice de Medo e Ganância segue sinalizando “medo extremo” por parte de investidores com 21 pontos, o bitcoin perde 5% no mês, de acordo com dados do CoinMarketCap.
“Além disso, se faz interessante notar que a queda apresentada foi, ao contrário de outros momentos do ano, influenciada fortemente pelo movimento dos mercados tradicionais na última semana”, afirmou Thaís Almeida.
Por outro lado, o ether, segunda maior criptomoeda do mundo, sofreu de quedas mais significativas no “setembro vermelho”. Após finalizar uma importante atualização este mês, chamada de “The Merge”, a criptomoeda nativa da rede Ethereum amargou perdas que somam 17%.
Cotado a US$ 1.329, o ether sobe 2,12% nesta sexta-feira, de acordo com dados do CoinMarketCap.
No entanto, o mês ainda não acabou e o mercado de criptomoedas ainda pode apresentar movimentações surpreendentes, segundo Thaís.
“A sexta-feira ainda traz margem para movimentações do mercado com a divulgação, nos EUA, do PCE de agosto, que é um indicador de consumo pessoal considerado o “índice queridinho” do Fed para acompanhar o comportamento de preços na economia”, disse.
Discursos de alguns membros do banco central norte-americano também podem impactar os mercados globais em um dia agitado no mundo das finanças. Além disso, os dados de PMI de Chicago serão divulgados, pontuou Thaís.
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