ETFs de bitcoin foram aprovados pela SEC em 2024 (Mario Tama/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 16 de maio de 2024 às 14h03.
O Morgan Stanley, um dos maiores bancos do mercado financeiro, revelou na última quarta-feira, 15, que possui investimentos em dois fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) de bitcoin. As informações fazem parte do balanço trimestral da empresa referente aos três primeiros meses de 2024.
De acordo com os dados enviados para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), o banco investiu US$ 269,9 milhões no ETF da Grayscale e US$ 2,3 milhões no ETF da Ark Invest. Somados, os investimentos são de US$ 272 milhões (R$ 1,3 bilhão, na cotação atual).
O investimento do Morgan Stanley no ETF de bitcoin da Grayscale tornou o banco o terceiro maior investidor institucional do fundo, atrás apenas das gestoras Susquehanna, com um aporte de US$ 1,1 bilhão, e Horizon Kinetics, que investiu US$ 946 milhões.
Em fevereiro deste ano, um dos fundos do banco havia informado em um documento enviado à SEC que estava cogitando ter exposição aos novos ETFs da criptomoeda. Há informações, ainda, de que o banco cogita recomendar o investimento nos fundos para os seus clientes.
Os ETFs de bitcoin foram aprovados nos Estados Unidos em 10 de janeiro e estrearam no mercado no dia seguinte. À época, o Morgan Stanley publicou uma nota para seus investidores destacando que o lançamento dos fundos "é uma potencial mudança de paradigma para a percepção global sobre ativos digitais".
A revelação nesta semana incluiu o Morgan Stanley em um grupo extenso de instituições que realizaram investimentos nos ETFs ao longo do primeiro trimestre. Até o momento, o maior investidor institucional é a Millennium Management, com aportes totais de US$ 1,94 bilhões no segmento.
Além da gestora, bancos importantes para o mercado financeiro também revelaram que investiram nos ETFs de bitcoin. É o caso do Wells Fargo, BNY Mellon e do JPMorgan, cujo CEO é conhecido por ser um crítico de longa data da criptomoeda.
Outro destaque foi a revelação de um investimento de US$ 163 milhões nos ETFs realizado por um órgão governamental do estado do Wisconsin, nos Estados Unidos. A operação foi a primeira do tipo por uma entidade pública.
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