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Moedas digitais de bancos centrais não ameaçam as criptomoedas, diz CEO da Binance

Chanpeng Zhao avalia que a adoção de CBDCs validaria a tecnologia blockchain e geraria mais confiança entre os investidores

CEO da corretora de criptomoedas Binance acredita que adoção de CBDCs pode beneficiar o setor (metamorworks/Getty Images)

CEO da corretora de criptomoedas Binance acredita que adoção de CBDCs pode beneficiar o setor (metamorworks/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

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Publicado em 4 de novembro de 2022 às 10h58.

O CEO da exchange Binance, Changpeng Zhao, parece ter suavizado sua posição sobre as moedas digitais de banco central (CBDCs, na sigla em inglês), argumentando em uma conferência que ele não acha que elas são uma ameaça à sua empresa ou ao setor de criptomoedas.

CZ, como o empresário é conhecido, falou sobre CBDCs e seu papel na indústria de criptomoedas durante o Web Summit em Lisboa, Portugal, na última quarta-feira, 2.

O chefe da Binance disse que as CBDCs validariam a tecnologia blockchain e criariam confiança entre aqueles que se preocupam com o segmento. Na avaliação do empresário, "quanto mais tivermos, melhor”.

(Mynt/Divulgação)

Ele também acrescentou que a adoção de blockchain por parte dos governos seria vista como uma coisa boa. No entanto, Zhao observou que o blockchain não é um sinônimo para criptomoedas, que ele lembrou serem “deflacionárias”, de acordo com a Reuters.

Os comentários representaram uma suavização do discurso do empresário em comparação com sua posição anterior sobre CBDCs.

Em 2021, ele disse que as CBDCs nunca ofereceriam a mesma liberdade que criptomoedas como o bitcoin e o ether. “A maioria das moedas digitais do banco central terá muito controle associado a elas”, afirmou ele na época.

Os bancos centrais de todo o mundo estão correndo para pesquisar, testar e implantar suas CBDCs, com a China vista por alguns como a líder nessa corrida.

Há, no entanto, preocupações contínuas de que uma moeda digital programável dê aos bancos centrais um controle sem precedentes sobre quais grupos de cidadãos podem usá-la e em que podem gastá-la.

Uma CBDC vinculada a uma identidade digital poderia ser usada para reprimir dissidentes ou controlar gastos amigáveis ​​ao carbono, de acordo com o comentarista político Peter Imanuelsen.

A Turquia é um país que planeja um lançamento de CBDC vinculado a uma identidade digital em 2023, de acordo com relatórios.

Segundo o Atlantic Council, 15 países estão atualmente testando uma moeda digital de banco central, incluindo China, Cazaquistão, Tailândia, Arábia Saudita, Suécia, África do Sul e Rússia. Outros países já implantaram uma CBDC, caso da Nigéria, Jamaica, Bahamas e oito nações insulares do Caribe.

Os Estados Unidos estão atrás do resto do mundo, já que ainda estão na fase de discussões sobre o projeto enquanto as reações a um Dólar Digital indicaram uma ampla divisão entre os norte-americanos.

Em outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou a programabilidade como um recurso da CBDC que poderia levar à “inclusão financeira”. No entanto, alguns acreditam que a realidade pode ser o oposto.

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