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Mineração de bitcoin pode destravar energia ociosa no Brasil e impulsionar matrizes renováveis

Estudo da Genial Investimentos com a Arthur Inc. aponta potencial destravamento de energia ociosa no Brasil com mineração de bitcoin como segunda fonte de demanda de energia

 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

(Andriy Onufriyenko/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 09h30.

O Brasil é detentor de um gigantesco potencial de geração de energia limpa, mas enfrenta um dilema em razão da limitação de demanda. Esse cenário trava o crescimento de novas fontes renováveis, como parques eólicos e solares.

Estudo feito pela Arthur Inc., energy tech especializada em monetizar energia ociosa, e pela Genial Investimentos mostra que um caminho para destravar esse potencial ocioso está na nova economia, por meio da mineração de bitcoin, que teria gerado uma receita de R$ 165 milhões no país em 2023.

“A mineração de bitcoin cumpre bem o papel de ser uma segunda fonte de demanda pela energia, tornando diversos projetos de geração economicamente viáveis. As implicações da existência de uma indústria que consome a energia ociosa para o mercado de energia são profundas e provavelmente mudarão alguns paradigmas da indústria”, diz Rudá Pellini, cofundador da Arthur Inc.

De acordo com Pellini, quando o Brasil planejou sua rede de energia, as projeções sobre o crescimento econômico e, consequentemente, sobre a demanda energética, foram otimistas. No entanto, o crescimento real ficou aquém das expectativas.

“Como resultado, atualmente, nosso sistema de geração produz uma quantidade de energia que supera o que nosso mercado realmente demanda. Isso indica não apenas uma infraestrutura superdimensionada, mas também que a economia não cresceu no ritmo esperado. O aproveitamento pleno do potencial energético do Brasil está atrelado à existência de uma demanda confiável”, complementa Caio Leta, head de research da Arthur Inc.

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Mineração de bitcoin

Além da criptomoeda proporcionar essa demanda de energia e a necessidade de novas fontes de oferta, – o que fomentaria o crescimento da geração distribuída de energia (GD), principalmente com fontes eólica e solar – essa operação pode reduzir as emissões de gases poluentes na atmosfera, em especial, devido à busca dos mineradores por fontes de energias renováveis e baratas, como a solar e a eólica. Por isso, a KPMG entende essa atividade como uma alinhada às práticas ESG.

Outra vantagem competitiva é que a mineração de bitcoin sempre priorizará fontes de energia sem outro consumidor, pois busca preços mais baixos. “A forma de dar uso à energia ociosa e, portanto, monetizá-la, é executando algum processo industrial de transformação da matéria-prima (energia) em produto (commodity), e o bitcoin pode ser entendido como uma commodity”, afirma Sergio Romani, líder de energia da Genial Investimentos.

De acordo com o estudo, a atividade poderia gerar uma receita de quase R$ 300 milhões em 2026 no Brasil em geração distribuída. O cálculo tem como base as projeções da ONS (Operador Nacional no Sistema Elétrico) do crescimento de minigeradores alimentados por energia solar na GD, com capacidade a partir de 500 kW. Caso essas atividades estivessem sendo realizadas em 2023, a receita aproximada poderia ter chegado na casa dos R$ 165 milhões.

“Isso significa que agora existe um incentivo para as geradoras de energia passarem a minerar bitcoin com sua energia ociosa, monetizando-a e diminuindo o desperdício energético. Ou seja, em todos os momentos em que a rede elétrica não está próxima do seu pico de demanda, vale a pena para as geradoras minerar bitcoin em vez de desperdiçar essa energia”, destaca Romani.

Empresas de energia dos Estados Unidos, como Exxon Mobil, Shell e Duke Energy, além da Tepco, maior companhia de Energia do Japão já utilizam esse excedente para minerar bitcoin, o que aponta uma tendência internacional à vista em que o Brasil pode ocupar um papel de destaque.

Segundo o especialista Allex Ferreira, o Brasil pode se tornar uma potência na mineração de bitcoin na América Latina. Segundo ele, nos últimos anos, a abertura do mercado de energia no Brasil tem proporcionado um ambiente propício para o crescimento de diversos setores econômicos, em especial, para a indústria de mineração.

"Com a possibilidade de escolha de fornecedores de energia e a negociação de preços, a atividade tornou-se mais lucrativa e atraente para investidores em busca de novas oportunidades de negócio. Além disso, a abundância de recursos naturais, as condições climáticas favoráveis e os baixos custos de eletricidade colocam o Brasil em uma posição de destaque como um possível centro de mineração de bitcoin", destacou.

Ferreira aponta que a liberalização do mercado de energia é um dos principais fatores que contribuem para o potencial do Brasil como centro de mineração. A capacidade de escolher fornecedores de energia e negociar preços tornou a mineração mais lucrativa, especialmente para aqueles que utilizam equipamentos intensivos em energia (ASIC).

"A energia sustentável está se tornando cada vez mais importante para a mineração, e a riqueza de recursos naturais do Brasil pode fornecer aos mineradores acesso a fontes de energia limpas e renováveis. As condições climáticas do Brasil também são favoráveis para a mineração. A temperatura media não muito superior aos 20 graus, o que evita o superaquecimento" afirma.

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