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Editor do Future of Money
Publicado em 20 de maio de 2025 às 18h09.
Última atualização em 20 de maio de 2025 às 18h35.
O governo de Javier Milei decidiu encerrar nesta semana as atividades de uma força-tarefa criada para investigar o colapso da criptomoeda Libra. O caso chamou a atenção porque o ativo foi divulgado pelo próprio presidente da Argentina, que ainda é investigado em outras esferas.
Um comunicado divulgado pelo Ministério da Justiça confirmou o fim da atividade do grupo de investigação. A decisão ocorreu dias depois de um juiz pedir que o Banco Central da Argentina compartilhe informações sobre a conta bancária de Milei. A decisão foi assinada por Milei e pelo ministro da Justiça.
Ao justificar o fim da força-tarefa, o governo disse apenas que o grupo "fez o trabalho que precisava ser feito", mas não entrou em detalhes sobre as conclusões da investigação. A força-tarefa foi criada em fevereiro pelo próprio governo, logo após o colapso da Libra.
O governo definiu que o grupo seria responsável por investigar uma possível conivência e participação de Milei no projeto da Libra e se a criptomoeda meme foi utilizada como parte de um golpe por seus criadores. Para isso, ela coletou documentos e informações sobre o caso.
Apesar do fim da investigação pelo Executivo argentino, Milei ainda enfrenta uma investigação pelo Legislativo e outra pelo Judiciário. Nos dois casos, o objetivo é entender se o político se beneficiou de alguma forma pela quebra da memecoin.
A Libra foi compartilhada por Milei logo após a sua criação, em fevereiro, e o movimento foi visto como um endosso do presidente ao projeto. Animados, investidores rapidamente migraram para o ativo, mas ele acabou perdendo quase todo o valor em questão de horas, deixando milhares no prejuízo e gerando acusações de um possível golpe.
Desde então, Milei nega qualquer envolvimento direto com o projeto e disse que apenas compartilhou a iniciativa, sem promovê-la. Em março, o presidente da Argentina disse que não tem responsabilidade pela queda do ativo, e que investidores sabiam sobre o seu risco.
"Parece um conjunto de fofocas que você ouviria de rancorosos em um cabeleireiro. Vamos ao ponto central: é um problema de terceiros com terceiros, não é problema meu", afirmou ainda o presidente da Argentina.
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