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MIBR: gigante do eSports brasileiro recebe patrocínio de corretora cripto

O maior time de eSports do Brasil e primeiro campeão brasileiro de Counter Strike agora tem como principal patrocinador a corretora de criptomoedas Bybit

Bybit chega ao Brasil com parceria de peso (MIBR/Bybit/Reprodução)

Bybit chega ao Brasil com parceria de peso (MIBR/Bybit/Reprodução)

Após aterrissar no Brasil, a Bybit não perdeu tempo em anunciar seu primeiro parceiro: o time de eSports MIBR. O primeiro time brasileiro campeão de Counter Strike e o maior do país assinou um contrato de patrocínio de três anos com a corretora cripto de Dubai, e uma série de atividades está por vir.

Além da promoção e do engajamento da comunidade de eSports, ações voltadas para a educação financeira dos gamers em relação aos investimentos em criptoativos e o lançamento de NFTs estão previstos para os próximos três anos de parceria.

“Estou feliz de ter a Bybit como parceira pelos próximos 36 meses! Juntos iremos colocar o MIBR na Web 3.0, entendendo melhor os interesses dos nossos fãs no universo de ativos digitais e entregando experiências grandiosas. Assim como menciona o slogan da Bybit, levaremos o MIBR to the next level [para o próximo nível], declarou a CEO do MIBR, Roberta Coelho.

Fundada em Singapura no ano de 2018, a Bybit possui sede em Dubai e rapidamente se tornou uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, em 3º lugar entre as corretoras de derivativos e em 15º no mercado à vista, de acordo com dados do CoinMarketCap.

“Estamos ansiosos pela parceria com o MIBR que será o primeiro patrocínio da Bybit Brasil. Nós compartilhamos do espírito esportivo e do desejo de ser o melhor dentro de um jogo. Estando no segmento financeiro e de inovação ou no ambiente competitivo de eSports, para ser um bom jogador é necessário um intenso trabalho para aprimorar o seu desempenho e construir boas estratégias”, afirma o comunicado da empresa.

(Mynt/Divulgação)

Os jogadores do MIBR ainda vão participar do World Series of Trading 2022, evento global realizado pela Bybit. Eles se dividirão em times e apresentarão seus melhores jogadores em uma competição de investimento, liderando seus grupos para conquistar um prêmio de US$ 8 milhões e NFTs, segundo o comunicado.

Com mais de 6 milhões de usuários em todo o mundo, a empresa veio ao Brasil buscar sua expansão na América Latina. De acordo com Guilherme Prado, as parcerias estariam entre os pilares principais da estratégia da Bybit na região.

Guilherme é especialista em criptoativos e gerente de novos negócios da Bybit no Brasil e em Portugal desde 2021. Em entrevista à EXAME, explicou o interesse da corretora no time brasileiro de eSports: “É uma marca ‘Made in Brazil’, e nós da Bybit queremos estar mais presentes na comunidade local e entender o que podemos integrar à região”, afirmou.

Apesar dos jogos em blockchain terem se destacado nos últimos anos, inclusive atraindo empresas de jogos mais tradicionais como Ubisoft e Activision Blizzard, o play-to-earn não está no radar da Bybit, ao menos por enquanto. A empresa pretende observar o mercado amadurecer antes de realizar investimentos no setor, de acordo com Guilherme.

Quando perguntado sobre uma possível migração dos jogadores de eSports para os jogos play-to-earn, ele afirmou: “Sim, eu acredito que no futuro vai existir essa convergência, mas precisamos entender que são coisas diferentes. Acredito que os jogadores de Counter Strike vão vir para o play-to-earn à medida que ele for se amadurecendo”

A preocupação da empresa no momento é ter uma base sólida no Brasil, para garantir sua expansão. “Estamos muito preocupados em ter uma base sólida, e assim a gente pode construir em cima disso”, afirmou Guilherme, que acredita que no universo volátil dos criptoativos, é necessário cuidado na hora de tomar decisões. “Temos que tomar cuidado com o hype, porque o mercado de criptoativos é um mercado muito volátil”.

O anúncio da parceria acontece em meio a ampliação das operações da Bybit no Brasil por meio de um aporte de US$ 50 milhões. O investimento proporcionará a criação de uma equipe dedicada aos investidores brasileiros, além da adaptação de produtos e serviços em português, alinhada à cultura dos investidores do país.

Além do time brasileiro de eSports, a Bybit também é patrocinadora do Oracle Red Bull Racing na Fórmula 1, de outros times de eSports do mundo como Navi e Astralis, do clube de futebol alemão Borussia Dortmund e do clube de futebol japonês Avispa Fukuoka.

A estratégia da empresa no Brasil não pretende parar no MIBR. Apesar de não ter revelado detalhes, Guilherme reconheceu o destaque do país no futebol e afirmou que “algo estaria por vir” neste sentido. “E quando vier, vai ser gigante”, revelou na entrevista.

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