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Mercado de criptomoedas cresceu 30% no 1º semestre e superou marca trilionária

Capitalização total do setor voltou a ficar acima da marca dos US$ 1 trilhão com a recuperação de ativos, mostrando resiliência

Mercado de criptoativos tem recuperação em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Mercado de criptoativos tem recuperação em 2023 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 21 de julho de 2023 às 17h43.

Um relatório divulgado nesta semana pela exchange Binance mostra que o mercado de criptomoedas teve um crescimento de 30,3% em sua capitalização total ao longo do primeiro semestre deste ano, comparando com o mesmo período de 2022. Com isso, o setor conseguiu superar a marca dos US$ 1 trilhão, valendo US$ 1,17 trilhão em 30 de junho.

O relatório destaca que "apesar das incertezas regulatórias e macroeconômicas em curso que reverberaram até o primeiro semestre de 2023, a capitalização de mercado total teve um grande aumento, com um impressionante crescimento de 47,0% no primeiro trimestre".

"O segundo trimestre foi mais um trimestre positivo, embora excessos regulatórios tenham pesado sobre o desempenho", comentou a Binance, em referência a ações da SEC nos Estados Unidos. A própria corretora de criptomoedas se tornou alvo de processos no país.

Ao mesmo tempo, o relatório pontua que "o mercado teve um alívio na última parte do segundo trimestre, quando as empresas tradicionais sinalizaram seu interesse no mercado cripto. Gestores tradicionais do mercado financeiro apresentaram seus pedidos de ETFs de bitcoin à vista, e gigantes da tecnologia anunciaram várias iniciativas envolvendo tecnologias blockchain".

Considerando apenas a valorização acumulada em 2023, o mercado de criptomoedas cresceu 47,6% no primeiro semestre. Por isso, a Binance pontua que o setor continua mostrando "resiliência", conseguindo passar por desafios macroeconômicos, regulatórios e internos.

Destaques do setor

Um dos destaques no semestre foi o bitcoin, que conseguiu retomar o mesmo nível de dominância de mercado que ele tinha em abril de 2021, na casa de 87%. Além disso, o ativo "superou significativamente a performance de muitos ativos financeiros tradicionais", conseguindo reduzir sua correlação de comportamento com o setor.

Já outros projetos de blockchain também tiveram novidades. A Binance destaca o recorde de staking na Ethereum após a sua atualização Shanghai em abril, as mudanças na BNB Chain focadas em escalabilidade, a recuperação da Solana e o lançamento do seu telefone Web3 e a expansão do Tron.

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Em relação às stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos - o relatório destaca que o segmento teve queda de 7% em seu valor total, com "mudanças nas tendências de adoção, cenários regulatórios e as abordagens adotadas por certos atores" reformulando a composição do segmento. Um dos destaques é o tether (USDT), que expandiu sua participação, enquanto a USDC e a BUSD perderam espaço.

O relatório informa ainda que os tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) tiveram um volume de negociação maior no primeiro semestre de 2023 que no segundo de 2022, beneficiado pelo lançamento do marketplace Blur. Entretanto, "os NFTs tiveram desempenho inferior ao mercado de criptomoedas, com os preços mínimos de muitas coleções caindo".

Sobre os investimentos no mercado cripto, a Binance avalia que o primeiro semestre teve uma extensão do "declínio nas atividades gerais de transações cripto, com uma queda em financiamento de capital de risco". Mesmo assim, "uma clara área de interesse surgiu, com o segmento de infraestrutura sendo o que mais atraiu investimentos, seguido por jogos/entretenimento e DeFi".

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