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Mercado cripto perde R$ 9 bilhões com ataques hackers e tem pior trimestre da história

Ações de grupos hackers conseguiram desviar bilhões de projetos do mercado de criptomoedas nos primeiros três meses de 2025

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 27 de março de 2025 às 16h31.

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O mercado de criptomoedas deve terminar os primeiros três meses de 2025 com a maior perda trimestral da história gerada por ataques hackers. Ao todo, ações de criminosos digitais já desviaram US$ 1,6 bilhão (R$ 9,2 bilhões, na cotação atual) de projetos do setor.

Os dados, reunidos pela plataforma Immunefi, indicam que as perdas ocorreram em 40 ataques no primeiro trimestre do ano. O montante roubado é 4,7 vezes maior que o desviado no mesmo período de 2024. Naquele ano, hackers roubaram US$ 348,3 milhões, mas em 63 ataques.

O levantamento indica, portanto, que os criminosos foram capazes de roubar mais com menos ações. Por outro lado, a maior parte dos valores roubados no primeiro trimestre está ligada a um único caso: o ataque hacker contra a corretora de criptomoedas Bybit em fevereiro.

Excluindo o golpe contra a exchange, o trimestre terminaria com um total de US$ 176 milhões roubados em ataques hackers, um valor que seria 50% inferior comparado ao mesmo período em 2024. Entretanto, o tamanho do golpe contra a Bybit impediu a concretização dessa queda.

O ataque contra a corretora de criptomoedas é considerado o maior da história do mundo cripto. Ele ocorreu em 21 de fevereiro e envolveu o roubo de mais de US$ 1,4 bilhão em unidades de criptomoedas, concentradas em unidades de ether. A maior parte dos ativos não foi recuperada.

Pouco depois do caso, investigações de empresas de cripto e do FBI confirmaram que a ação foi executada pelo Lazarus Group, um coletivo de hackers que é conhecido por contar com o apoio da Coreia do Norte. Ao longo de 2024, ele roubou US$ 1,3 bilhão em ataques.

O golpe contra a Bybit foi suficiente para o grupo norte-coreano superar os valores desviados no ano passado. Investigações indicam que as criptomoedas foram vendidas e usadas para comprar unidades de bitcoin, na prática colocando a Coreia do Norte entre os países com mais unidades do ativo.

Recentemente, especialistas afirmaram que as falhas que levaram ao ataque hacker eram "evitáveis". A própria Bybit reconheceu erros em seus processos e anunciou mudanças, mas as perdas não foram suficientes para levar a uma quebra da exchange.

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