Future of Money

Patrocínio:

Design sem nome (2)
LOGO SENIOR_NEWS

Mercado Bitcoin, Bitso, Gemini e outras corretoras cripto anunciam demissões

Algumas das maiores empresas de criptomoedas do Brasil e de fora decidiram cortar números expressivos de funcionários para lidar com momento de baixa do mercado

Queda no preço das criptomoedas e pessimismo do mercado levam empresas a promover cortes (SOPA Images/Getty Images)

Queda no preço das criptomoedas e pessimismo do mercado levam empresas a promover cortes (SOPA Images/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 3 de junho de 2022 às 16h56.

A queda no mercado cripto em 2022 tem provocado efeitos devastadores em algumas das maiores empresas desta indústria no mundo - e no Brasil. Se no ano passado, quando o mercado cripto navegava de vento em popa, com alta no preço da maioria dos ativos e recordes seguidos de preço do bitcoin e outras criptos, as empresas do setor estavam capitalizadas e em franca expansão, neste ano o cenário é o oposto disso, e os cortes e demissões já estão a todo vapor.

(Mynt/Divulgação)

No final de maio, a mexicana Bitso, que desembarcou no Brasil no ano passado com toda a sua operação e um plano ambicioso, anunciou o corte de 80 dos seus pouco mais de 700 funcionários. "Nossas decisões em relação aos funcionários são tomadas com base em estratégia de negócios de longo prazo e para dar suporte aos nossos clientes e à nossa estratégia como empresa", anunciou a corretora, na época.

Nesta semana, a 2TM, holding que controla a corretora Mercado Bitcoin, também anunciou demissões em massa. Segundo a Bloomberg, o corte chega a 12% do quadro de funcionários da empresa, que não confirma o número estimado em algo entre 80 e 90 demissões.

A controladora da corretora cripto brasileiro divulgou comunicado justificando a decisão devido a "mudanças no panorama financeiro global" e dizendo que "alta nas taxas de juros e aumento da inflação tiveram grande impacto em empresas de tecnologia".

Fora do Brasil, a situação é semelhante. A Gemini, corretora criada pelos irmãos Cameron e Tyler Winklevoss, famosos por terem participado da criação do Facebook com Mark Zuckerberg, cortou cerca de 10% dos seus colaboradores. No anúncio das demissões, a corretora norte-americana citou "condições turbulentas no mercado" que, segundo a empresa, "vão persistir por algum tempo".

A Coinbase, por sua vez, ainda não anunciou demissões, mas informou, logo após a divulgação do balanço relativo ao primeiro trimestre de 2022 - cujos números foram muito negativos - que está desacelerando seus processos de contratação e que irá promover uma análise para promover corte de custos operacionais da companhia.

As demissões, claro, não são exclusividade do setor de criptoativos. Startups famosas como QuintoAndar, Loft e Facily também cortaram recentemente, somadas, um total de 350 funcionários, divulgou a Forbes. No mercado cripto, entretanto, as demissões chama atenção por indicarem uma mudança drástica e repentina para um setor que, há menos de um ano, registrava recordes de crescimento.

O preço do bitcoin e dos criptoativos, no entanto, justificam queda nas receitas de empresas desta indústria, em especial as exchanges que não apenas dependem das negociações de compra e venda por seus usuários, como também têm, em geral, exposições consideráveis aos ativos digitais. Maior criptomoeda do mundo, o bitcoin acumula 38% de queda no ano, enquanto o ether, da rede Ethereum, já perdeu mais de 53% do valor em 2022.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptoativosCriptomoedasPreço do bitcoin

Mais de Future of Money

Bitcoin está se tornando reserva de valor, diz secretário do Tesouro dos EUA

Adeus USDT? Tether avalia lançar nova stablecoin para cumprir com regulação dos EUA

Efeito Trump: presidente faz mercado cripto saltar e depois perder quase todos os ganhos em 5 meses

EXAME amplia cobertura de criptomoedas e lança novas newsletters gratuitas; inscreva-se