CBDCs estão se tornando prioridade de países ao redor do mundo (iStockphoto/iStockphoto)
Repórter do Future of Money
Publicado em 21 de agosto de 2023 às 09h00.
A Mastercard, uma das líderes mundiais na área de meios de pagamento, anunciou na última quinta-feira, 17, que formou um grupo com sete empresas do mercado de criptoativos para estudar, divulgar e incentivar projetos envolvendo moedas digitais de bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês).
Em um comunicado sobre o tema, a empresa destacou que "os bancos centrais vêm explorando maneiras de emitir suas próprias moedas digitais há anos. No entanto, seus esforços não chamaram a atenção do público – para melhor ou, mais recentemente, para pior – como as criptomoedas".
"Mas as moedas digitais do banco central, ou CBDCs - essencialmente uma versão digital da moeda fiduciária apoiada por um governo e, portanto, muito menos especulativa do que criptomoedas - estão ganhando força, com potencial para ter um impacto ainda maior em nossas vidas cotidianas", destacou.
Para Jesse McWaters, responsável pela área global de regulação da Mastercard, ainda existem muitas questões que os bancos centrais precisarão enfrentar sobre o tema. Entre elas estão o papel do setor privado, segurança, privacidade e interoperabilidade com sistemas tradicionais de pagamento.
O grupo formado pela Mastercard busca trazer "uma maior compreensão dos benefícios e limitações das CBDCs e como implementá-las de maneira segura, contínua e útil". "Ele foi projetado para promover a colaboração com os principais participantes do mercado, para que eles possam impulsionar a inovação e a eficiência", segundo a empresa.
As empresas escolhidas são a Ripple, que possui uma plataforma própria de emissão de CBDCs, a empresa de software e blockchain Consensys, a provedora de soluções de tokenização Fluency, a fornecedora de tecnologia de identidade digital Idemia, a consultora Consult Hyperion, o grupo de segurança Giesecke+Devrient e a plataforma Fireblocks.
Raj Dhamodharan, líder de ativos digitais e blockchain na Mastercard, destacou que a empresa "acreditam no direito de escolha de meio de pagamento e que a interoperabilidade entre as diferentes formas de fazer pagamentos é um componente essencial de uma economia próspera".
"Ao olharmos para um futuro impulsionado digitalmente, será essencial que o valor mantido como uma CBDC seja tão fácil de usar quanto outras formas de dinheiro", ressaltou o executivo. A empresa comentou ainda que "à medida que a tecnologia continua a amadurecer, ainda há muito para esta parceria estudar e considerar".
A Mastercard destacou ainda que está envolvida em diferentes projetos de CBDCs ao redor do mundo, como no Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Hong Kong. No Brasil, a empresa foi uma das selecionadas para participar da fase de testes do piloto do Drex, a versão digital do real.
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