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Mansão de luxo de R$ 100 milhões na Venezuela pode ser comprada com criptomoedas

Propriedade está anunciada desde 2018 e possui 14 quartos, 20 banheiros e cerca de 15 mil metros quadrados

Imóvel, chamado de Quinta Wairarepano, está localizado no estado venezuelano de Miranda, na cidade de El Hatillo (Compass/Reprodução/Reprodução)

Imóvel, chamado de Quinta Wairarepano, está localizado no estado venezuelano de Miranda, na cidade de El Hatillo (Compass/Reprodução/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2022 às 14h17.

Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 14h28.

Uma mansão de luxo na Venezuela à venda desde 2018 ganhou recentemente uma promoção para tentar ajudar na sua venda. Agora, é possível comprar a propriedade usando criptomoedas e obter um desconto no valor, caindo de US$ 26 milhões para US$ 20 milhões (R$ 102,7 milhões, na cotação atual).

O imóvel, chamado de Quinta Wairarepano, está localizado no estado venezuelano de Miranda, na cidade de El Hatillo, que também faz parte da zona metropolitana da capital do país, Caracas. Ele foi construído em uma colina chamada El Volcán, que é o ponto mais alto da cidade.

De acordo com os anúncios da propriedade, ela possui 14 quartos, 20 banheiros, uma sala de cinema, uma biblioteca, uma farmácia, uma capela, piscina e uma cozinha gourmet. Ao todo, o imóvel possui cerca de 15 mil metros quadrados, e seria um dos mais caros à venda na Venezuela, segundo o site Armando Info.

O site informa que o imóvel foi comprado há 22 anos, pouco depois da sua construção, pelo empresário Manuel José Escotet Rodríguez, irmão de Juan Carlos Escotet Rodríguez, um banqueiro que fundou o Banesco, um dos maiores bancos do país.

Manuel José Escotet Rodríguez atua na área de soluções tecnológicas para aumentar a segurança no ambiente digital, e não visita a Venezuela ou a mansão desde 2018, mesmo ano em que ela foi posta à venda.

O site destaca ainda que, se for concretizada, a compra da mansão usando criptomoedas representaria um recorde para o país nesse tipo de operação. Até o momento, as maiores transações no mercado imobiliário usando criptomoedas não ultrapassaram a casa dos US$ 50 mil.

A adoção dos criptoativos na Venezuela ganhou força nos últimos anos devido ao quadro de hiperinflação no país, segundo relatório da plataforma Chainalysis. O uso desses ativos se tornou uma forma de proteção de patrimônio, evitando uma desvalorização do mesmo a partir da conversão em criptomoedas.

Nesses casos, é comum que a adesão a stablecoins, criptoativos com cotação atrelada à de outro ativo, como o dólar, acabe tendo mais preferência. Outro país que também lida com inflação alta e viu uma adesão maior às criptomoedas é a Argentina.

Em 2018, o governo da Venezuela aproveitou a popularidade dos ativos digitais para lançar uma criptomoeda própria, o Petro, que chegou a ser criticada por investidores pela sua alta centralização, com emissão estatal e blockchain sem acesso público. Neste ano, o governo informou que indexou o salário mínimo do país ao ativo.

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