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Mais da metade da população brasileira irá usar bitcoin e criptomoedas até 2030, diz pesquisa

Em região com rápido crescimento em criptomoedas, Brasil tende a ser referência mundial na veloidade de adoção de ativos digitais

 (Madrolly/Getty Images)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 9 de outubro de 2024 às 15h14.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 15h20.

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Com um cenário favorável para uso de novas tecnologias financeiras, o Brasil tende a ser referência mundial na velocidade de adoção de ativos digitais. Um estudo recente da Sherlock Communications aponta que 24% da população brasileira já possui algum tipo de criptoativo ou token digital — em 2023, esse valor chegou a 14%. Já uma outra pesquisa da Chainalysis coloca a América Latina como a segunda região com crescimento mais rápido no setor.

Estimativas feitas pelo time de Research do Mercado Bitcoin (MB), composto por especialistas em diversas áreas no mercado de criptoativos, indicam que, até 2030, o número de usuários e investidores pode atingir até mesmo metade da população brasileira, que representaria quase 120 milhões de brasileiros, impulsionados principalmente pelo Drex.

Essa projeção foi divulgada com exclusividade no State of Digital Assets, organizado pela MB com base em estudos externos, e apresentada no Digital Assets Conference Brazil. O Brasil está na décima posição no Global Crypto Adoption Index, evidenciando sua liderança na América Latina e sua relevância no cenário global de ativos digitais.

“Estamos vivendo uma mudança significativa na forma como os brasileiros lidam com o dinheiro e fazem investimentos. Esse crescimento acelerado é uma resposta à busca por alternativas financeiras mais flexíveis e acessíveis, especialmente entre os mais jovens", afirmou Reinaldo Rabelo, CEO do MB.

Tokens RWA

Com projeções que indicam que o valor total dos ativos tokenizados pode chegar a US$ 800 trilhões no longo prazo, o Brasil está bem posicionado para se beneficiar dessa tendência. Dados compilados no State of Digital Assets mostram: a previsão é que o mercado global de tokenização atinja US$ 1 trilhão já em 2025, impulsionado por setores como o imobiliário, esportivo e agronegócio, que estão explorando o potencial dessa tecnologia.

“A tokenização abre um novo capítulo na democratização dos investimentos. Agora, qualquer pessoa pode acessar frações de ativos que antes eram restritos a grandes investidores”, explicou Reinaldo Rabelo.

Ele ressaltou que a facilidade de negociação e a segurança oferecida pela tecnologia blockchain estão transformando a forma como os brasileiros investem, permitindo uma participação mais inclusiva no mercado financeiro. “Estamos diante de uma oportunidade única de criar um mercado mais dinâmico e acessível.”

Entre os principais destaques da tokenização pelo mundo estão as iniciativas de Crédito Privado (US$ 9,06 bilhões) e a tokenização de títulos de dívida americanos (US$ 2,26 bilhões), que já estão movimentando valores significativos. As stablecoins, com uma capitalização de US$ 172 bilhões, também se destacam como um dos segmentos mais promissores no ecossistema de ativos tokenizados.

Regulamentação

A criação de um ambiente regulatório robusto é apontada pelo estudo como essencial para a consolidação do mercado de criptoativos no Brasil. A implementação de iniciativas como o Sandbox Regulatório da CVM e o lançamento do Drex, a moeda digital do Banco Central, têm atraído a atenção de investidores e players institucionais. A Lei nº 14.478/2022 é outro marco importante, ao estabelecer regras que oferecem maior segurança jurídica e incentivam a inovação.

“A regulação bem estruturada é o pilar de um mercado forte e confiável”, afirmou Reinaldo Rabelo, que destacou a importância das medidas tomadas pelo governo para garantir a segurança dos investidores e a transparência das operações.

“O Brasil está criando uma base regulatória que não só protege, mas também impulsiona o crescimento do mercado de criptoativos e tokenização”, completou. Rabelo também mencionou que essa abordagem regulatória está atraindo novos investidores e estimulando a entrada de grandes instituições financeiras no setor.

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