Depois de anunciar que aceitaria bitcoin, AMC confirma que também permitirá pagamentos com outras criptomoedas (Noam Galai/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 16 de setembro de 2021 às 13h37.
Depois de anunciar, em agosto, que passaria a aceitar bitcoin como pagamento, a AMC Entertainment Holdings, maior rede de cinemas do mundo, divulgou nesta semana que pretende incluir outras criptomoedas como opção para os consumidores. Segundo o CEO da companhia, Adam Aron, além do bitcoin, a expectativa é aceitar ether, litecoin e bitcoin cash para ingressos adquiridos pela Internet.
"Entusiastas das criptomoedas: vocês devem saber que a AMC anunciou que aceitaremos bitcoin para compra de ingressos online até o final de 2021. Agora, posso confirmar que, quando isso acontecer, também esperamos aceitar Ethereum, Litecoin e Bitcoin Cash", disse, em uma publicação no Twitter.
A AMC, que supera redes como Cinemark e Regal em número de salas, tem capital aberto, com ações listadas na bolsa de Nova York. Os papeis da empresa acumulam alta de mais de 2.000% no ano, depois de serem alvo de "mutirão" de compradores organizados em fóruns online - em especial o grupo "Wall Street Bets", do site Reddit, o mesmo que impulsionou o preço das ações da GameStop.
O CEO da empresa não deu detalhes de como será a operação - por exemplo, se a empresa vai passar a transacionar criptomoedas e mantê-las em seu balanço patrimonial, ou se vai utilizar uma empresa de intermédio de pagamentos especializada em ativos digitais e, assim, receber o que lhe cabe em moedas fiduciárias.
Com valor de mercado superior a 24 bilhões de dólares, segundo o site Companies Market Cap, a AMC é a 15ª maior empresa de entretenimento no mundo - setor que é liderado por Walt Disney (331 bilhões de dólares) e Netflix (257 bilhões de dólares). A companhia tem valor superior ao de empresas como Warner Music Group, Caesars Entertainment e Liberty Media (dona da Fórmula 1 e da Live Nation).
Ainda não é comum que grandes empresas aceitem criptomoedas como pagamento, especialmente devido às incertezas regulatórias deste mercado. No início do ano, a Tesla anunciou que o faria, mas voltou atrás após polêmicas sobre o consumo energético do bitcoin. Nos EUA, a rede Quiznos já testa o uso de criptoativos, enquanto no Brasil o Burger King realizou uma ação pontual em que aceitava dogecoin.
O único lugar onde marcas famosas já estão lidando com o bitcoin no dia a dia é em El Salvador, onde grandes redes como McDonald's, Pizza Hut e Starbucks, em conformidade com a recém-implementada "Lei Bitcoin", já aceitam a criptomoeda.
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