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Larry Fink, CEO da BlackRock, diz que bitcoin pode valer até US$ 700 mil

Executivo que lidera a maior gestora de ativos do mundo explicou o que será necessário para que bitcoin ultrapasse os US$ 500 mil

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 16h48.

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Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou nesta quarta-feira, 22, que o bitcoin tem potencial para chegar a um preço de US$ 700 mil nos próximos anos. Líder da maior gestora de ativos do mundo, o executivo foi um crítico da criptomoeda no passado, mas agora passou a elogiar o ativo e defender seu potencial.

Fink falou sobre o ativo durante uma entrevista a Bloomberg durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O executivo foi questionado sobre sua visão em relação à criptomoeda e sobre o potencial que ele enxerga para futuras valorizações do ativo, que ganhou um ETF da BlackRock em janeiro de 2024.

O CEO da BlackRock relatou que esteve conversando com um fundo soberano, que em geral realizam investimentos para valorizar as reservas internacionais de países, e que, na conversa, o fundo afirmou que estava avaliando ter uma exposição ao bitcoin, com uma alocação que poderia representar de 2% a 5% do seu portfólio.

"Se todos adotarem essa conversa, o bitcoin pode chegar a US$ 500 mil, US$ 600 mil, US$ 700 mil", destacou o executivo. Ele explicou ainda que vê a criptomoeda como um "instrumento de base internacional" de investimento capaz de "superar medos" sobre o cenário econômico e político de cada país.

Fink comentou que "se você teme uma desvalorização da sua moeda, se você está apavorado com relação à estabilidade econômico e política do seu país", a criptomoeda pode ser uma opção de investimento atraente e de proteção a esses cenários.

Por outro lado, o executivo destacou que não está "promovendo o bitcoin de forma alguma", lembrando que as criptomoedas ainda são ativos altamente voláteis, mesmo em ciclos de alta, com desvalorizações que podem chegar à casa dos 20% ou 30%, exigindo cuidado e conhecimento dos investidores.

Em 2024, Fink reconheceu que tinha uma "opinião errada" sobre o bitcoin e afirmou que o ativo é um "instrumento financeiro legítimo" e comparável ao ouro. Agora, ele se classifica como um "grande fiel" da criptomoeda, destacando as diferentes vantagens em investir no ativo, em especial como uma forma de diversificação de carteira e proteção de patrimônio.

Na visão de Fink, o bitcoin "deveria fazer parte do portfólio de todos os investidores", já que o ativo oferece mais controle e independência financeira para seus donos e está cada vez mais sem correlação com alguns ativos mais tradicionais do mercado.

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