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JPMorgan vai oferecer bitcoin para clientes, mas CEO diz que 'não é fã' da criptomoeda

Jamie Dimon, que comanda o maior banco do mundo, disse que JPMorgan vai permitir que clientes comprem bitcoin pela sua plataforma

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 19 de maio de 2025 às 16h51.

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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, anunciou nesta segunda-feira, 19, que o maior banco do mundo também se rendeu ao bitcoin. O executivo revelou que os clientes da instituição poderão "em breve" comprar a criptomoeda pela sua plataforma, mas manteve as suas críticas ao ativo.

O anúncio foi compartilhado durante o Investor Day do banco. Dimon não informou quando, exatamente, os clientes poderão ter acesso a investimentos na plataforma, mas afirmou que o banco decidiu reverter a sua política de proibir o acesso a esse tipo de produto.

Por outro lado, o executivo disse que o JPMorgan ainda não pretende realizar a custódia das unidades de bitcoin adquiridas. Mesmo com o avanço importante, Dimon reforçou as suas críticas ao ativo e disse que "não é um fã" do bitcoin, associando a moeda a atividades ilegais.

Críticas a blockchains

Dimon afirmou ainda que a tecnologia blockchain é menos importante que o divulgado pelos seus defensores, apesar do JPMorgan seguir desenvolvendo uma série de projetos em seu blockchain próprio. Para o executivo, os custos em torno da tecnologia ainda não geraram bons resultados.

"Nós estamos falando sobre blockchain por 12 ou 15 anos. Nós estamos gastando muito com isso. E ele não é tão importante quanto os outros querem que pensemos", argumentou o CEO do JPMorgan. Mesmo assim, ele não deu sinais de que o banco pretende encerrar seus projetos.

Em janeiro deste ano, Dimon disse que o bitcoin "não tem nenhum valor intrínseco" e que ele era "majoritariamente usado por traficantes sexuais, para lavagem de dinheiro e para golpes cibernéticos. Então eu não sou otimista sobre o bitcoin". Anteriormente, ele comparou o ativo a uma "pedra de estimação".

A posição do executivo chama atenção por contrastar com a própria visão de analistas do JPMorgan. Há poucos dias, analistas compartilharam um relatório afirmando que o bitcoin vai voltar a disparar e superar o ouro ao longo do segundo semestre.

Apesar da resistência de Jamie Dimon em relação às criptomoedas, o anúncio marca mais um avanço na institucionalização do ativo. Grandes instituições financeiras, como a BlackRock, já oferecem a criptomoeda para seus clientes. No Brasil, o BTG Pactual, Itaú e o Inter estão entre os bancos que também permitem o investimento.

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