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JPMorgan se rende a cripto: banco vai permitir que clientes invistam em criptomoedas

Parceria com a corretora Coinbase marca nova fase na relação entre JPMorgan e o mundo cripto, apesar de críticas do CEO do banco

JPMorgan: banco vai facilitar investimentos em cripto (Mike Kemp/Getty Images)

JPMorgan: banco vai facilitar investimentos em cripto (Mike Kemp/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 30 de julho de 2025 às 10h30.

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O JPMorgan anunciou nesta quarta-feira, 30, que fechou uma parceria com a corretora Coinbase para facilitar os investimentos em criptomoedas pelos seus clientes. A novidade marca mais uma etapa na aproximação do maior banco do mundo com o mundo cripto, apesar das críticas feitas pelo seu CEO, Jamie Dimon.

De acordo com um comunicado da Coinbase, a parceria será implementada em fases, ao longo de 2025 e 2025. No próximo trimestre, clientes do JPMorgan poderão usar os seus cartões de crédito para realizar compras de criptomoedas na corretora. Já no início do próximo ano, o programa de recompensas do banco permitirá a conversão de pontos pela stablecoin pareada ao dólar USDC.

Também no início de 2026, o JPMorgan permitirá que seus clientes conectem as contas na Coinbase à conta no banco. A ideia é que a conexão facilite os investimentos em criptomoedas, reduzindo fricções no processo e oferecendo um jeito "fácil e rápido" de investir em ativos digitais.

Melissa Feldsher, líder de Inovação em Pagamentos e Empréstimos do JPMorgan, comentou que a parceria busca aumentar a segurança e privacidade dos dados dos clientes no investimento em criptomoedas, também permitindo novos usos para o sistema de recompensas do banco.

Já Max Branzburg, líder de Produtos de Consumo e Negócios da Coinbase, disse que a parceria faz parte da estratégia da corretora para "atrair a próxima geração de consumidores do mercado de criptomoedas" e também ampliar as formas de participação da população em serviços financeiros.

A parceria aprofunda a ligação entre o JPMorgan e o mercado de criptomoedas em meio à aceleração da adoção institucional do setor devido aos avanços da regulação nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o CEO do banco, Jamie Dimon, mantém uma postura crítica em relação ao bitcoin e outras criptos.

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Em maio deste ano, Dimon disse que o JPMorgan ainda não pretende realizar a custódia das unidades de criptomoedas adquiridas por seus clientes e afirmou que "não é um fã" do bitcoin, associando a moeda a atividades ilegais. Ele também defendeu que a tecnologia blockchain é menos importante que o divulgado pelos seus defensores.

Em janeiro deste ano, Dimon disse que o bitcoin "não tem nenhum valor intrínseco" e que ele era "majoritariamente usado por traficantes sexuais, para lavagem de dinheiro e para golpes cibernéticos. Então eu não sou otimista sobre o bitcoin". Anteriormente, ele comparou o ativo a uma "pedra de estimação".

João Galhardo, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, afirma que a nova parceria do JPMorgan "mostra claramente que mesmo instituições historicamente resistentes estão cedendo à pressão popular por acesso facilitado às criptomoedas, validando o setor aos olhos do consumidor tradicional. A iniciativa estabelece padrões concretos e funcionais para acelerar ainda mais a adoção institucional do mercado de ativos digitais".

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