JPMorgan investiu em ETFs de bitcoin (Mike Kemp/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 13 de maio de 2024 às 10h16.
O JPMorgan, uma das empresas mais importantes do mercado financeiro, revelou na última sexta-feira, 10, que está investindo em fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) de bitcoin. Os aportes ocorreram mesmo após críticas do CEO do grupo, Jamie Dimon, sobre a criptomoeda.
Os investimentos nos fundos foram revelados nos documentos enviados pelo banco à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC. Eles apontam que a empresa adquiriu participações nos ETFs das gestoras BlackRock, Bitwise, Fidelity e Grayscale ao longo do primeiro trimestre.
Ao todo, os investimentos realizados pelo JPMorgan nos ETFs de bitcoin somam US$ 760 mil (R$ 3,9 milhões, na cotação atual). O banco revelou ainda que investiu US$ 47 mil em ações na Bitcoin Depot, uma empresa que fornece caixas eletrônicos que permitem saques e pagamentos com criptomoedas.
Além do banco, outros gigantes do mercado financeiro também acabaram revelando em seus balanços trimestrais que estão investindo nos ETFs da maior criptomoeda do mundo. É o caso do Wells Fargo, da Susquehanna International Group e do BNY Mellon, o banco mais antigo dos EUA.
Entretanto, o investimento do JPMorgan chamou a atenção do mercado devido ao histórico de críticas por parte de Jamie Dimon contra o bitcoin. Em janeiro de 2024, ele afirmou que o ativo seria uma “pedra de estimação” e afirmou “não se importar” que grandes empresas do mercado financeiro estejam desenvolvendo iniciativas com o ativo.
Já em março deste ano, Dimon disse que defende o direito das pessoas investirem na criptomoeda, mas reforçou que, pessoalmente, jamais iria investir no ativo. "Eu realmente acho que é um risco se você for um comprador. Quando os governos olham para tudo isso, por que eles toleram?", questionou.
Além disso, o JPMorgan foi escolhido pela BlackRock como um “participante autorizado” do seu ETF de bitcoin à vista, que é a maior do mundo em ativos sob gestão, aproximando o banco da criptomoeda.