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Editor do Future of Money
Publicado em 3 de julho de 2025 às 11h31.
O JPMorgan divulgou um relatório nesta quinta-feira, 3, em que afirma que o mercado de stablecoins vai valer US$ 500 bilhões até o ano de 2028. Apesar da projeção do banco indicar um amplo espaço de crescimento para o segmento, ela é menos otimista que de outros bancos e gestoras.
A visão do JPMorgan é que o crescimento do segmento nos próximos anos vai depender principalmente da trajetória mais ampla do mercado de criptomoedas, e não de uma adoção com foco em pagamentos transfronteiriços. A projeção leva em conta a dinâmica atual desses ativos.
O banco ressalta que, hoje, 88% da demanda por stablecoins vêm de atividades nativas do próprio mercado de criptomoedas, como negociação, garantia em operações de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) e criação de reservas por empresas de cripto.
Por outro lado, o uso desses ativos para pagamentos representa apenas 6% da demanda. O JPMorgan avalia que, enquanto essa fatia não crescer substancialmente, o tamanho do segmento de stablecoins ainda vai depender da situação do mercado de criptomoedas como um todo.
O relatório apresenta uma visão menos otimista, em que as chances de uma adoção acelerada de stablecoins pelo setor bancário tradicional são colocadas como baixas no curto prazo. O JPMorgan aponta uma falta de lucratividade e uma fricção ainda alta na passagem do mundo cripto para o fiduciário.
Por isso, o banco defende que a projeção mais realista para o futuro do segmento precisa levar em conta um crescimento gerado pelo próprio mercado de criptomoedas, e não uma adoção em massa por diferentes segmentos tradicionais do mercado financeiro.
"Nós acreditamos que projeções de uma expansão exponencial do universo de stablecoins dos atuais US$ 250 bilhões para US$ 1 trilhão ou US$ 2 trilhões nos próximos anos são exageradamente otimistas", afirmam os analistas do banco.
Em geral, as projeções mais otimistas afirmam que o avanço da regulamentação do segmento de stablecoins nos Estados Unidos vai gerar uma adoção massiva desses ativos por bancos, o que implicaria em um crescimento acelerado e expressivo no valor dessas criptomoedas, em geral pareadas ao dólar.
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