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JPMorgan: investidores institucionais estão apoiando recuperação do bitcoin

Maior criptomoeda do mercado chegou a cair abaixo dos US$ 50 mil, mas apresenta recuperação ao longo da semana

Bitcoin teve forte queda no início da semana (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin teve forte queda no início da semana (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 17h15.

Após registrar uma forte queda, acima de 20%, e chegar a patamares de preço inferiores a US$ 50 mil, o bitcoin se recuperou ao longo da semana e agora opera na casa dos US$ 58 mil, com cenário mais favorável. E, na visão do JPMorgan, um dos principais fatores por trás dessa retomada é o interesse e apoio dos investidores institucionais.

Em um relatório, analistas do banco destacaram que a criptomoeda chegou a ter a maior queda dos últimos dois anos, perdendo apenas para a forte desvalorização em 2022, quando a corretora FTX anunciou a sua falência e mergulhou o mercado em uma forte crise.

Para os analistas, a recuperação de preço do bitcoin nesta semana foi "apoiada principalmente" pelos investidores institucionais, que não abandonaram seus investimentos no ativo mesmo com o pânico que se disseminou nos mercados globais.

O relatório indica que existem "diversos motivos" por trás do otimismo dos investidores institucionais em relação ao ativo. Entre eles, está a liberação dada pelo Morgan Stanley para que seus assessores passem a recomendar investimentos em ETFs da criptomoeda nos Estados Unidos.

O JPMorgan cita ainda a proximidade do fim dos pagamentos para clientes prejudicados pela falência das empresas Mt. Gox e Genesis, cujo impacto no preço do bitcoin foi menor que o esperado, não resultando em uma forte pressão de venda.

Os analistas esperam também que o mercado seja beneficiado no segundo semestre pelos pagamentos em dinheiro que serão realizados pela FTX, além de esforços de ambos os lados do espectro político dos Estados Unidos para se aproximar do setor de criptomoedas.

O relatório pontua que a capacidade do ativo de se manter acima dos US$ 49 mil foi essencial para sua recuperação: "Se o preço do bitcoin tivesse permanecido ou diminuído abaixo deste nível por um período de tempo mais prolongado, isso teria pressionado os mineradores de bitcoin, o que, por sua vez, teria exercido ainda mais pressão descendente sobre o preço".

Apesar do cenário mais favorável para o ativo, os analistas do JPMorgan afirmaram que ainda estão "cautelosos" com relação ao mercado cripto como um todo, mesmo com a correção recente de preços. Eles destacaram que o setor ainda possui vulnerabilidades que, combinadas com a própria fragilidade atual do mercado de ações, demandam cuidado.

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