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JPMorgan expande criptomoeda própria com lançamento em blockchain público

Batizado de JPM Coin, criptomoeda foi criada em 2020 e deve ser cada vez mais usada para transferências e pagamentos por clientes

JPMorgan: banco vai expandir uso de criptomoeda própria (Mike Kemp/Getty Images)

JPMorgan: banco vai expandir uso de criptomoeda própria (Mike Kemp/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 16h06.

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O JPMorgan anunciou nesta quarta-feira, 12, uma expansão da sua criptomoeda própria, a JPM Coin. O ativo foi lançado pela primeira vez em uma rede blockchain pública: a Base, criada pela corretora de criptomoedas Coinbase. O movimento busca ampliar o uso da criptomoeda no mercado.

A JPM Coin foi criada em 2020 pelo banco e está inserida no Kynexis, braço digital do JPMorgan e que também dá nome ao blockchain próprio da instituição. O ativo possui propriedades semelhantes às das stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos -, mas não se enquadra na categoria.

Na prática, as unidades de JPM Coin representam a versão tokenizada de depósitos bancários em dólar de clientes do banco. A partir dos tokens correspondentes gerados, os clientes podem realizar operações como transferências e pagamento com mais velocidade e custos menores.

As stablecoins trazem os mesmos benefícios, mas têm uma lógica diferente. A paridade das criptomoedas é garantida por reservas criadas pelo próprio emissor do ativo. No caso das stablecoins pareadas ao dólar, é comum que ele realize a compra de títulos do Tesouro dos EUA, por exemplo.

Ou seja, a JPM Coin não exige que o JPMorgan faça aquisições de ativos para composição de reserva, com a paridade sendo garantida pelos próprios depósitos dos clientes. Agora, as operações envolvendo a criptomoeda do banco também poderão ocorrer por meio da Base.

O uso da tecnologia blockchain permite pagamentos 24/7 e com taxas pequenas, incluindo em operações transfronteiriças. A expansão para a Base ocorre após um período de testes envolvendo o JPMorgan, a Coinbase e a Mastercard ao longo de 2025.

Segundo o JPMorgan, a ideia é lançar a JPM Coin em outros blockchains no futuro, expandindo o acesso ao ativo. O banco também pretende permitir que os tokens representem outras moedas fiduciárias, indo além do dólar, mas aguarda permissões regulatórias para isso.

Com o lançamento, a JPM Coin poderá começar a ser usada como garantia pelos clientes da Coinbase. Além do JPMorgan, bancos como o Citigroup, Santander e Deutsche Bank também estão explorando a tecnologia blockchain e a possibilidade de criarem criptomoedas próprias, incluindo stablecoins ou depósitos bancários tokenizados.

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