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JPMorgan: banco lançou produto de investimento no bitcoin (Mike Kemp/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 16h14.
O JPMorgan pretende lançar o seu primeiro produto de investimento especificamente voltado ao bitcoin. O produto será uma nota estruturada, que combina lógicas de investimento em valores mobiliários e no mercado futuro. O banco entrou com um pedido junto à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) para viabilizar o lançamento em dezembro deste ano.
A nota estruturada que será oferecida pelo JPMorgan dá um retorno para os investidores a partir de uma fórmula de cálculo que leva em conta o desempenho da criptomoeda até 2028. Entretanto, os retornos vão variar dependendo do comportamento do ativo.
Entretanto, a nota estruturada não será focada especificamente no preço do bitcoin, mas sim no preço do ETF da criptomoeda oferecido pela BlackRock, o IBIT. Como o preço do fundo é atrelado ao preço do próprio ativo, na prática o produto oferece exposição à criptomoeda.
O retorno para os investidores dependerá de dois cenários, a partir de um preço futuro definido pelo JPMorgan considerando o valor do ETF no dia 18 de dezembro de 2025 ou na data mais próxima, a depender da velocidade da SEC para aprovar o novo produto.
Considerando o valor definido, o produto traçou dois momentos de avaliação: em dezembro de 2026 e em dezembro de 2028. Se o bitcoin tiver valorizado em relação ao preço definido no ano anterior, a nota estruturada adquirida será liquidada, com um retorno calculado a partir da variação do bitcoin e com uma garantia mínima de ganho de 16%.
Entretanto, o retorno será ainda maior se a criptomoeda cair no próximo ano. O motivo é que a nota estruturada continuará aberta até 2028, e toda a valorização do ativo no período será utilizada como referência para o cálculo do retorno dos investidores com a liquidação em dezembro de 2028.
Se o bitcoin chegar até esse momento com um valor acima do preço futuro da criptomoeda, os investidores terão um retorno equivalente a 1,5 vez o valor aportado. Mas, se o ativo terminar 2028 em queda, eles receberão o valor inicial investido, desde que a perda seja inferior a 30%.
Na prática, o novo produto maximizaria o retorno dos investidores nos próximos três anos se a criptomoeda valorizar, garantiria um lucro fixo se o ativo permanecer estável até o final de 2026 e ofereceria uma proteção para os investidores se a criptomoeda cair menos de 30% entre 2025 e 2028.
O pedido representa mais um passo na mudança de postura do JPMorgan em relação ao bitcoin, apesar das duras críticas ao ativo por parte do CEO do banco, Jamie Dimon. O banco já afirmou que vai oferecer investimentos diretos na criptomoeda para os seus investidores a partir de 2026.
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