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Invista como os grandes: descubra qual é o segredo de grandes investidores de cripto

Enquanto os institucionais acumulam nas correções, você se desespera e vende. Entenda como sair do ciclo de medo e lucrar ainda nesse mercado de alta

 (Reprodução/Reprodução)

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FP
Felippe Percigo

Especialista em criptoativos

Publicado em 22 de março de 2025 às 11h08.

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Muitos investidores ensaiaram uma renovação de ânimo com o mercado cripto essa semana. Isso aconteceu na sequência da reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA), na quarta-feira (19), que foi recebida positivamente pelo mercado e levou a valorizações do bitcoin e algumas altcoins.

Em um discurso mais moderado, Jerome Powell demonstrou que o Fed está disposto a flexibilizar a sua postura, sinalizando na direção de um alívio no aperto monetário.

Um dos destaques foi a decisão de reduzir a venda dos ativos do seu balanço de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões.

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Essa medida diminui a drenagem de liquidez do mercado financeiro — o que, na prática, significa mais capital disponível para ativos de risco, como as criptos. De forma simplificada, quando o Fed vende menos ativos, há menor pressão de venda sobre os títulos, o que mantém os rendimentos mais baixos e incentiva os investidores a buscar retornos maiores em ativos mais voláteis.

Outro ponto importante do discurso foi o reconhecimento de que a guerra comercial de Trump pode resultar em crescimento menor e inflação mais alta. Mesmo diante desse cenário, a decisão foi manter a estimativa de dois cortes de juros para 2025. Isso indica que o banco central americano está preparado para as consequências econômicas, mostrando uma predisposição a estimular a economia se necessário.

Tudo isso ajudou a reduzir o ruído e ofereceu uma perspectiva ao mercado para atravessar o turbilhão macroeconômico.

O sentimento dominante na criptosfera, no entanto, permanece na faixa de medo, como aponta o Índice de Medo e Ganância.

Apesar do temor do varejo com as políticas do governo Trump, o bitcoin essencialmente mantém a tendência de alta e os grandes players continuam acumulando — observem o gráfico abaixo do Fluxo Cumulativo dos ETFs Spot de bitcoin, principal canal de entrada de dinheiro institucional no mercado cripto.

A pergunta que cabe aqui é: o que motiva a diferença de atitude entre varejo e institucional?

Vamos investigar.

Investidores de varejo

A dinâmica atual da criptoesfera é fortemente influenciada pela maneira como os investidores de varejo se comportam. Em geral, eles demonstram uma reação muito mais emocional às variações de preço — e isso pode sair caro.

Por que isso acontece? Alguns fatores principais:

Mentalidade de curto prazo

A ansiedade por resultados imediatos é um dos maiores inimigos do investidor comum. Enquanto as instituições investem em um planejamento com horizontes de décadas, o varejo busca aquela operação milagrosa que vai transformar R$ 100 em R$ 1 milhão em uma semana.

O que não te dizem? Essas histórias de enriquecimento do dia para a noite contadas nas redes sociais, como fazer milhões com memecoins que subiram 1.000% em 1 dia, escondem que 95% desses projetos fracassam em meses.

O que você pode fazer para combater a mentalidade de curto prazo:

Trocar o impulso por uma estratégia

Comece definindo objetivos financeiros claros para 3, 5 e 10 anos, por exemplo. Assim, quando o impulso começar a falar mais alto, revisite a estratégia. Em vez de sair colocando o seu dinheiro em moedas do hype, seu direcionamento será buscar um portfólio diversificado com ativos mais sólidos de olho em um horizonte mais amplo.
Olhar para os fundamentos, não só para o preço

Memecoins que valem centavos podem ser boas para especular, mas a especulação exige conhecimento e experiência. Se você está chegando agora, foque em estudar a proposta, a tecnologia e o potencial do projeto, e a adoção do ativo. Projetos sem utilidade real ou sem uma base robusta de investidores tendem a desaparecer rapidamente.

Faça o DCA

Resista à tentação de cronometrar o mercado, tentando prever o melhor momento para comprar. Eu recomendo sempre o Dollar Cost Averaging (DCA), um método de eficiência comprovada e que vai aliviar a pressão da decisão de compra. A ideia é fazer investimentos em intervalos regulares independentemente do preço. Isso reduz os riscos de volatilidade e evita compras desvantajosas em picos de euforia.

Entenda os ciclos de mercado

As criptomoedas passam por ciclos naturais de alta e baixa, e compreender isso vai mudar o jeito como você se comporta diante das oscilações. Se a tese de investimento continua válida, correções no curto prazo (como as que estamos vivendo agora) são, na verdade, oportunidades de compra.

O fato de estarmos em um bull market não significa que os preços vão subir sem parar. Recuos são parte saudável do processo. Nesse atual momento, o mercado está em uma fase de acumulação e correção — lembrem-se de que, no último ciclo de alta, vimos quedas de até 30% antes de novas valorizações.

Manipulação das baleias

As "baleias", como são chamados os grandes detentores de cripto, usam seu poder de fogo financeiro para criar medo e desequilíbrio no mercado. Intencionalmente, elas podem provocar quedas bruscas de preço ao vender grandes quantidades de ativos de uma só vez, gerando a sensação de que uma crise está começando.

O resultado? Os pequenos investidores entram em pânico e vendem tudo por medo de perder mais dinheiro. Já as baleias aproveitam para recomprar os ativos a preços muito mais baixos. Nessa manipulação, elas ainda podem espalhar notícias e rumores na mídia ou em redes sociais para aprofundar o jogo psicológico.

Falta de conhecimento

A ignorância custa caro. Estudar é o marco zero para qualquer entrante em um mercado disruptivo e volátil como o cripto.

Hoje, existe muito conteúdo bom e gratuito na internet, mas, muitas vezes, quem está começando não consegue diferenciar o que deve ser levado a sério — ou não. Obviamente, esses conteúdos não substituem tarefas indispensáveis para se investir com segurança, como analisar whitepapers, estudar a economia do token com profundidade e entender como usar as métricas disponíveis.

A falta de educação financeira é, de fato, um abismo que separa o varejo dos institucionais. Vamos entender a perspectiva deles agora.

Investidores Institucionais

Quem acompanha o mercado tem visto a mobilização das grandes instituições e até dos governos em redobrar suas apostas em ativos digitais.

Um levantamento da Coinbase com a EY-Parthenon divulgado essa semana mostra esse entusiasmo crescente dos institucionais: 83% pretendem aumentar a exposição a criptomoedas em 2025.

O que eles entenderam:

Que a escassez do bitcoin é uma característica intrínseca que impulsiona o valor da moeda. O suprimento máximo de bitcoin é de 21 milhões de unidades — isso significa que não serão criadas mais moedas quando esse alvo for atingido. Os grandes players sabem disso e estão acumulando, antecipando uma valorização futura.

Que em cenários complexos, as criptos oferecem uma excelente oportunidade de diversificação de portfólio. Podem funcionar como uma proteção contra a inflação e outras turbulências da economia.

Que o avanço da tecnologia blockchain e dos protocolos descentralizados, com soluções como o DeFi, demonstra a forte capacidade do mercado cripto de se adaptar e inovar, construindo uma base robusta para o crescimento sustentável a longo prazo.

Que muitos países (como os Estados Unidos) estão despertando — e muitos ainda vão despertar — para a importância da presença de bitcoin e outros ativos digitais em suas reservas, contribuindo para legitimizar e aumentar a estabilidade da criptoesfera.

Que lição tiramos de tudo isso? Enquanto o varejo debate riscos, as instituições surfam as incertezas de olho nas oportunidades. De que lado você escolhe estar?

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