Repórter do Future of Money
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 15h51.
Os ETFs de bitcoin nos Estados Unidos registraram um crescimento de 175% nos investimentos recebidos na comparação entre as três primeiras semanas de negociação nas bolsas norte-americanas e o mesmo período em 2025. Ao todo, o grupo ultrapassou US$ 40 bilhões em aportes recebidos.
Os dados levam em conta o desempenho dos fundos negociados em bolsa entre o período de 13 de janeiro e 5 de fevereiro de 2024 e 2025. Nas três primeiras semanas de negociação nos Estados Unidos, eles somaram US$ 1,6 bilhão em aportes realizados por investidores.
Já no mesmo período deste ano, os ETFs de bitcoin acumulam US$ 4,4 bilhões em aportes. Para analistas, a estreia desse grupo de fundos foi uma das mais bem-sucedidas na história do segmento de ETFs, simbolizada pela atração bilionária de investimentos em 1 ano.
Além disso, o saldo de investimentos da categoria seria ainda maior. Entretanto, o ETF da Grayscale, que antes era um fundo e foi convertido em ETF, registrou US$ 21,9 bilhões em saques no período, o que acabou reduzindo o saldo final dos 11 fundos atualmente disponíveis.
Algumas das maiores gestoras do mundo estão por trás dos ETFs de bitcoin. É o caso da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo e que lançou o IBIT, atualmente o maior fundo de investimento na criptomoeda entre os 11 lançados. O produto desbancou o fundo da Grayscale pouco depois de estrear.
O lançamento dos ETFs era esperado há anos por investidores do mundo cripto, mas enfrentou dificuldades ao longo da análise pela SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. A autorização foi concedida em 10 de janeiro, com o lançamento ocorrendo no dia seguinte.
Desde então, os ETFs de bitcoin se consolidaram como grandes canais de investimento na criptomoeda, atraindo tanto investidores familiarizados com a classe de ativos quanto novos investidores interessados em entrar no mercado e ganhar exposição à moeda digital.
Para 2025, a expectativa é que os fundos atraiam ainda mais investimentos, em especial aportes de investidores institucionais, que possuem um tempo de adoção de novos produtos mais lento que o resto do mercado.