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Investidores retiram quase R$ 15 bilhões da Binance após processo da SEC

Dados apontam que fluxos de retirada das exchanges Binance e Coinbase aliviaram nas últimas horas

 (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 7 de junho de 2023 às 14h06.

A corretora de criptomoedas Binance registrou mais de US$ 3 bilhões (R$ 15 bilhões, na cotação atual) em saques nas 24 horas posteriores à abertura de processo pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) contra a exchange, acusada de violar leis do país.

Dados da plataforma de inteligência de mercado Nansen apontam que a Binance registrou um saldo negativo entre saques e depósitos de US$ 1,43 bilhão após o anúncio da SEC. Ao mesmo tempo, a Binance.US - subsidiária da empresa nos EUA e alvo do processo - teve um saldo positivo de US$ 78 mil, com US$ 126 mil em depósitos. Apesar de significativo, os saques foram inferiores aos enfrentados pela empresa em dezembro de 2022.

Já nesta quarta-feira, 7, a Nansen observou que "os fundos sendo retirados da Binance e da Coinbase estão muito menos negativos que as saídas observadas nas 24 horas posteriores ao processo da SEC contra a Binance". Entre a terça-feira e a quarta-feira, as duas exchanges tiveram, respectivamente, perdas líquidas de US$ 491 milhões e US$ 105 milhões.

A redução dos saques mostra um alívio no medo entre investidores após as aberturas de processos pela SEC. A expectativa agora é que a Binance e a Coinbase entrem em batalhas judiciais contra o regulador que podem demorar anos para serem concluídas, e portanto não impactam imediatamente o mercado. Ao mesmo tempo, a autarquia já solicitou um congelamento dos ativos da Binance.US, o que pode levar a uma nova onda de saques.

Processos nos EUA

A SEC processou a Binance e seu CEO, Changpeng Zhao, com 13 acusações envolvendo possíveis operações ilegais e ofertas de ativos considerados valores mobiliários. Em um comunicado sobre o assunto, a SEC destacou que Zhao e a Binance declaravam publicamente que os clientes nos Estados Unidos não poderiam realizar operações diretamente na plataforma, precisando operar por meio da subsidiária Binance.US. Entretanto, investidores "de alto valor" conseguiam secretamente usar a plataforma global, com permissão da empresa.

Além disso, o regulador afirma que, apesar de Zhao e a Binance afirmarem que a Binance.US era uma entidade separada e independente, o CEO e a companhia "secretamente controlavam as operações da corretora nos bastidores". Isso incluiria o controle dos fundos de clientes.

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